A delegada Silvia Alencar, da Delegacia Especializada da Mulher em Patos, falou à reportagem da Rádio Espinharas, na manhã desta terça-feira, dia 8, sobre o Dia Internacional da Mulher. De acordo com a delegada, as mulheres têm hoje muito a comemorar, tendo em vista os grandes avanços e conquistas, mas fez questão de destacar que ainda há um largo caminha a percorrer.

Silvia Alencar parabenizou as mulheres e contextualizou um pouco a história desta data comemorativa. Segundo a delegada, muitas coisas mudaram desde o fatídico dia 8 de março de 1857, que marcou para sempre a luta contra a discriminação contra as mulheres.

“A equipe da Delegacia Especializada da Mulher de Patos parabeniza a todas as mulheres por sua grande luta. Lembramos que esta data foi criada em homenagem à morte de mais de 140 mulheres que foram trancadas em uma fábrica e foram carbonizadas após lutarem por seus direitos trabalhistas. É importante lembrar ainda, para que todas as mulheres possam viver este dia plenamente, todos os seus direitos devem ser respeitados, e, com isso, o trabalho da Delegacia da Mulher sempre é lembrado, porque nós atuamos no combate à violência doméstica e familiar. A todos os atos de violência, sem física, moral, patrimonial, sexual ou psicológica, tentando orientar as mulheres que precisam de atendimento e não sabem onde buscar”, expressou a delegada.

A pesar dos avanços e das conquistas, ainda há muito o que alcançar. O número de mulheres que sofrem dos mais variados tipos de violência é gigantesco e os casos de agressão ou feminicídio ainda persistem, como lembra a delegada.

“O cenário atual é de uma demanda ainda considerável, tendo em vista o número de habitantes, mas nós entendemos que este número pode ser mascarado pela vergonha, medo ou constrangimento que aas mulheres sentem em denunciar. É importante que todas as mulheres estejam conscientes e saibam de todos os seus direitos e deveres, e saibam de todos os órgãos que possam defende-la”, disse Silvia.

A delegada destacou ainda os vários meios que as mulheres têm hoje em dia para denunciar, além de assegurar que todas têm segurança garantida e resguardada pela Polícia Especializada.

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