Nefrolitíase é um problema bastante comum na população, estima-se que cerca de 19% dos homens e 9% das mulheres vão ter cálculo renal alguma vez até os 70 anos de idade. Após o primeiro episódio, a taxa de recorrência pode chegar a 40% em 5 anos. Em sua grande maioria, são cálculos a base de cálcio, principalmente o de oxalato de cálcio. A formação dos cálculos envolve processo de saturação da urina, formação e agregação de cristais e nucleação desses agregados.

Fatores ambientais e de estilo de vida podem influenciar nessa incidência: pouca ingesta hídrica, alimentos ricos em sódio, refrigerantes. Alguns medicamentos também podem podem provocar cálculos, como suplementação indevida de vitamina D e cálcio, inibidores da protease como Indinavir. Fatores genéticos e comorbidades também desempenham um papel importante, inclusive na recorrência dos cálculos, como a hipercalciuria familiar, gota. A síndrome metabolica, obesidade e resistência insulínica também tem sido descritas como fatores de risco.

Pacientes com história familiar positiva, cálculos de repetição, ou em ambos os rins, ou portadores de alguma condição que favoreça calculos, devem ser submetidos a avaliação médica para identificar o tipo de cálculo e procurar uma possível causa que leve a formação desses cálculos.

De maneira geral, para pacientes formadores de cálculo recomendamos aumentar a ingesta hídrica, moderar o consumo de sódio, evitar refrigerantes, perda de peso, evitar prender a urina. A agua mineral com pH ácido (principalmente < 5,5) deve ser evitada em cálculos de pH ácido (oxalato de cálcio e ácido úrico). Além disso, algumas medicações e outras estratégias podem ser empregadas para evitar novos cálculos a depender da causa identificada.

Dr Davi Ernane Nefrologista atende na clínica Inecardio em Patos, fone (83) 9 9951-7100

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