Na manhã do último domingo, dia 21 de agosto, a redação do Patosonline.com foi procurada, de maneira anônima, por um estudante do curso de Prótese Dentária do ITEC Patos, localizado na Rua Manoel Mota, bairro Monte Castelo, setor sul da cidade, fazendo uma denúncia com relação ao imbróglio envolvendo a continuidade do curso após o período de pandemia.

De acordo com ele, no final de 2019, a referida instituição lançou o curso, ofertando vagas e informando que a formação seria de dois anos, ou seja, quatro semestres, tendo início a primeira turma no início de 2020, com cerca de 30 alunos. Porém, pouco tempo depois veio a pandemia da Covid-19 e as aulas precisaram ser suspensas.

Passados quase três anos, em fevereiro de 2022 a instituição deu retorno após uma denúncia. A turma agora já havia sido reduzida quase pela metade, restando menos de 8 alunos. No entanto, segundo ele, cerca de sete dias após o início das aulas do semestre, eles fizeram uma reunião com os alunos e informaram que não seria possível dar continuidade na formação.

“O ITEC enganou os alunos durante três anos, mas sempre garantia que iria dar continuidade. Todos os outros cursos deram continuidade e não quiseram dar no nosso”, relatou.

Pautados na ética do bom jornalismo, a redação do Patosonline.com buscou ouvir a direção do ITEC a respeito da situação. De acordo com a diretora geral, Gabí Jardim, durante o período de pandemia, o ITEC possibilitou aos discentes a continuidade do curso na modalidade remota, porém, eles recusaram. Após o período crítico de pandemia e com o retorno 100% das atividades, a instituição ministrou todas as aulas teóricas e práticas, conforme o contrato de prestação de serviços educacionais assinado por cada discente no ato da matrícula, sem ser cobrado nenhum valor a mais.

Ao final do semestre letivo, a instituição procedeu ao estudo de viabilidade para a continuidade das atividades, oportunidade na qual verificou que, dos aproximadamente 30 (trinta) alunos que haviam se matriculado no início do curso, restaram apenas 6(seis), em virtude das desistências. Logo, seria inviável a manutenção financeira do curso.

Então, pautando-se em uma das cláusulas do contrato firmado entre as partes, houve uma reunião presencial e a instituição explicou a situação e informou que não seria possível continuar. Além disso, o ITEC intermediou com outra instituição da cidade para que lá os alunos pudessem dar continuidade ao Curso de Prótese e não saíssem prejudicados.

Ouça mais detalhes no áudio abaixo:

Confira abaixo a nota emitida pela instituição:

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