O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou na noite deste sábado (29) a proibição de qualquer operação da Polícia Rodoviária Federal relacionada ao transporte de eleitores neste domingo (30).
Neste sábado, o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que 10 mil policiais federais em parceria com 500 mil agentes de segurança dos estados fariam uma “grande operação para evitar crimes eleitorais, como boca de urna, compra de votos e transporte irregular de eleitores”.
A decisão de Moraes atende a um pedido do deputado reeleito Paulo Teixeira (PT-SP), que denunciou à Corte um suposto uso eleitoral da PF e da PRF em benefício da candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Neste domingo ocorre o segundo turno das eleições para presidente e ao governo em 12 estados.
Além disso, o ministro também veda a divulgação de resultado de ações da Polícia Federal relacionadas ao processo eleitoral.
Para Moraes, os fatos apresentados na ação são “graves” e “justificam a atuação célere e a adoção de medidas adequadas no intuito de preservar a liberdade do direito de voto”. “A Justiça Eleitoral tem envidados esforços para garantir o transporte público gratuito ao eleitor, como forma de assegurar o direito de voto a todos os eleitores com democrática ampla, não havendo razões a permitir embaraços nesse sentido”, escreve ele na decisão.
O ministro ainda registra que, após cobrar esclarecimentos ao Ministério da Justiça, as informações prestadas pelas forças policiais não foram suficientes para justificar as operações específicas implementadas no segundo turno das eleições.
G1