A Coreia do Norte lançou um míssil balístico de longo alcance no mar na costa oeste do Japão neste sábado (18), depois que Pyongyang alertou sobre uma forte resposta aos próximos exercícios militares EUA/Coreia do Sul.
As autoridades japonesas disseram que ele caiu nas águas dentro da zona econômica exclusiva do Japão mais de uma hora depois de ter sido lançado, sugerindo que a arma era um dos maiores mísseis do Norte. Tóquio disse que não houve relatos imediatos de danos a navios ou aviões.
O primeiro disparo de míssil da Coreia do Norte desde 1º de janeiro ocorre depois que Pyongyang ameaçou na sexta-feira uma resposta “forte e persistente sem precedentes”, enquanto a Coreia do Sul e os Estados Unidos se preparam para exercícios militares anuais como parte dos esforços para afastar as crescentes ameaças nucleares e de mísseis do Norte.
A Coreia do Norte, que tem armas nucleares, disparou um número sem precedentes de mísseis no ano passado, incluindo mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) capazes de atingir qualquer ponto dos Estados Unidos, enquanto retomava os preparativos para seu primeiro teste nuclear desde 2017.
O míssil de longo alcance deste sábado foi lançado da área de Sunan, perto de Pyongyang, disseram os militares da Coreia do Sul. Sunan é o local do Aeroporto Internacional de Pyongyang, onde a Coreia do Norte realizou a maioria de seus recentes testes de ICBM.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o Japão condenava veementemente o lançamento e apresentou um forte protesto, chamando-o de ameaça à comunidade internacional.
Os programas de mísseis balísticos e armas nucleares da Coreia do Norte são proibidos pelas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas Pyongyang diz que o desenvolvimento de suas armas é necessário para conter “políticas hostis” de Washington e seus aliados.
Exercícios nucleares aliados, chamados de Exercício de Mesa do Comitê de Estratégia de Dissuasão, estão programados para quarta-feira no Pentágono e envolverão formuladores de políticas de defesa de ambos os lados, disse o Ministério da Defesa de Seul.
Os dois países também estão planejando uma série de exercícios de campo expandidos, incluindo exercícios com fogo real, nas próximas semanas e meses.
Cerca de 28.500 soldados dos EUA estão posicionados na Coreia do Sul como um legado da Guerra da Coreia de 1950-1953, que terminou em um armistício em vez de um tratado de paz total, deixando as partes tecnicamente em guerra.
Fonte: CNN Brasil, com Hyunsu Yim e Josh Smith, da Reuters