A Nova Zelândia passou a contabilizar os estragos causados pela passagem de um ciclone – que destruiu a costa Norte do país durante a semana – e chegou à marca negativa de oito mortes e mais de 10 mil desaparecidos em decorrência do fenômeno da natureza.
Chamado de Gabrielle, o tufão causou o isolamento de centenas de comunidades e os impactados foram obrigados a deixar suas casas por falta de energia elétrica e água potável. A região de Hawke’s Bay foi a mais afetada e, entre as vítimas, está uma menina de dois anos de idade que foi arrastada pelas águas e não resistiu.
Chris Hipkins, primeiro-ministro eleito da Nova Zelândia após a renúncia de Jacinda Ardern, visitou a região e afirmou que testemunhou a situação “muito frágil” da população que mora nos arredores de onde o ciclone passou. “Peço apenas que as pessoas sigam adiante, vamos superar isto. Vamos sair desta”, afirmou o político. Kieran McAnulty, ministro de Gestão de Emergências, afirmou se tratar de um “evento climático sem precedentes”.
O governo neozelandês informou que ao menos 62 mil casas estão sem acesso a energia e não há previsão para que haja um retorno à normalidade. Durante a semana, o primeiro-ministro determinou que navios militares e helicópteros – que passaram a resgatar pessoas isoladas nos telhados das casas – fossem disponibilizados para o envio de água, alimentos e combustíveis às cidades isoladas após a passagem de Gabrielle.
Inicialmente, o governo descartou a ajuda dos Estados Unidos e de outros países, mas após reavaliação, declarou que passaria a aceitar “ofertas de ajuda internacional”. “Em alguns casos, a água atingiu o segundo andar das casas em que as pessoas foram resgatadas”, declarou um porta-voz militar. Até o momento, o a costa Norte da Nova Zelândia segue em estado de emergência nacional.
Fonte: Jovem Pan