A Petrobras anunciou que o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras irá de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, a partir de quarta-feira, 1º. Já para o diesel, o valor foi reduzido em R$ 0,08 por litro, passando a custar R$ 4,02. A empresa ainda esclareceu que, com a mistura dos combustíveis, o litro médio na bomba sai mais barato.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,32 a cada litro vendido na bomba. Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,62 a cada litro vendido na bomba”, esclareceu.
A empresa ainda informou que a redução de valor busca equilibrar os preços da Petrobras aos mercados nacional e internacional. “A companhia, na formação de preços de derivados de petróleo e gás natural no mercado interno, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, complementou.
A medida vem logo após o Ministério da Fazenda anunciar a volta da tributação dos combustíveis, mas com uma carga maior sobre a gasolina em relação ao etanol. Aliados do presidente da República vinham defendendo a prorrogação para evitar um repique na inflação e uma eventual perda de popularidade do chefe do Executivo federal.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta segunda-feira, 27, que a Petrobras pode reduzir os valores de combustíveis, dentro da política de preços da estatal, para compensar a reoneração da gasolina e do etanol. “A atual política de preços da Petrobras tem um colchão que permite aumentar ou diminuir o preço dos combustíveis e ele pode ser utilizado”, disse após ser questionado por jornalistas se teria alguma medida, por parte da empresa, para evitar que o preço aumente para o consumidor.
A decisão de reonerar os impostos representa uma vitória para Haddad, que é um defensor da reoneração alegando questões fiscais, ambientais e jurídicas.
Fonte: Jovem Pan