O início do governo Lula foi marcado por uma quantidade alta de denúncias de racismo. Apesar de ser uma gestão que busca incluir muitas pessoas negras, de janeiro a maio deste ano tiveram 394 ocorrências registradas pela Controladoria-Geral da União (CGU).
A quantidade de casos de racismo surpreende em comparação com os anos anteriores. Nos 12 meses de 2022 foram registrados 203 casos, enquanto em 2021 foram 71 ocorrências. Do último ano, o aumento de 2023 mostra uma elevação de 94% nos casos de racismo dentro do governo Lula.
Segundo o levantamento da CGU, os órgãos de onde mais partiram denúncias de racismo foram o Departamento de Polícia Federal (DPF), o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os dados a seguir são até 25 de maio.
– Polícia Federal: 29
– Ministério da Mulher: 28
– INSS: 19
– Ministério da Educação: 16
– Ministério dos Direitos Humanos: 16
– Universidade Federal de Minas Gerais: 13
– Ministério do Trabalho e Previdência: 13
– Presidência da República: 10
– Controladoria-Geral da União: 10
– Ministério da Saúde: 10
“O fato de determinado órgão ou entidade receber denúncia de assédio não necessariamente significa que o ato relatado tenha ocorrido naquele ambiente ou que tenha sido realizado por servidor daquele local”, explicou a CGU.
Maioria das denúncias são concluídas
Somando os governos Bolsonaro e Lula, foram registradas 2.646 denúncias de racismo. Desse total, 1.922 foram concluídas e 658 foram arquivadas. O maior ápice aconteceu em 2020, quando 675 ocorrências foram registradas A maioria delas partiu da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com destaque especial para a então Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte.
Fonte: Site Metropoles