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Novo salário mínimo, reajuste de servidores e outras três MPs entram na pauta do Congresso
Comissões mistas para análise de cinco medidas provisórias (MPs) do governo Lula devem ser instaladas nesta semana
11/06/2023 22h00
Por: PATOS ONLINE Fonte: Fonte: R7

O Congresso Nacional deve instalar na terça-feira (13) cinco comissões mistas para analisar medidas provisórias (MPs) enviadas pelo governo Lula. Entre elas, está a MP 1172/23, que reajustou o salário mínimo para R$ 1.320. O reajuste corresponde a 1,38% em relação ao valor vigente em abril (R$ 1.302) e de 8,91% em relação a dezembro de 2022 (R$ 1.212).

Outra medida provisória a ser analisada em comissão mista é a MP 1.170/2023, que concedeu um reajuste linear de 9% para todos os servidores federais civis, incluindo aposentados e pensionistas. O auxílio-alimentação também teve aumento (43%), passando de R$ 458 para R$ 658 mensais. O valor do reajuste saiu após um acordo entre o governo e mais de 100 entidades representativas dos servidores na mesa de negociação permanente, que estava suspensa desde 2016.

Confira quais MPs começam a tramitar no Congresso:

Tramitação das medidas provisórias

A medida provisória é um instrumento do Poder Executivo e começa a valer imediatamente após a publicação no Diário Oficial da União. No entanto, para continuar valendo, a Câmara e o Senado precisam votar e aprovar a proposta do governo. Essas regras têm prazo de validade inicial de 60 dias, mas podem ser prorrogadas por mais 60.

Primeiro, os textos passam por uma comissão mista, composta por deputados e senadores, que vão debater o tema. A comissão elege um relator, que apresenta um texto com as sugestões à proposta do governo, que pode ser aprovada ou não pelos outros membros do colegiado. No caso de aprovação, o relatório vai à votação no plenário da Câmara, e, em seguida, ao plenário do Senado. Passando pelas duas casas, o texto vai à sanção do presidente da República.

No início do ano, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entraram em embate sobre o rito de tramitação das medidas provisórias. Enquanto Pacheco defendia que as proposições fossem analisadas pelas comissões mistas, Lira brigava pela permanência de um rito simplificado, que foi adotado pelas Casas durante a pandemia de Covid-19.

O impasse foi um dos fatores determinantes para a demora na instalação das comissões mistas das primeiras MPs editadas pelo governo Lula, entre elas, a MP de reorganização da Esplanada e a MP que retomou o Bolsa Família.

Fonte: R7