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Vereadores de Pombal podem aprovar mudança na Lei e ‘desobrigar’ prefeitura de fornecer transporte a universitários
Pela ideia defendida pelos vereadores aliados da gestão municipal, o transporte será oferecido, “desde que não haja comprometimento das obrigações com a educação básica”. Para a oposição, o termo “desde que” é uma autorização para o governo municipal justificar o não fornecimento do transporte
09/09/2023 22h00
Por: PATOS ONLINE Fonte: Por Blog do Naldo Silva
Foto: Decom – PMP

Uma proposta de alteração na Lei Orgânica [a ‘Constituição’] do município de Pombal está gerando polêmica e dividindo o posicionamento dos vereadores locais, por causa do seu teor, que pode liberar a administração da obrigatoriedade, hoje existente, de fornecer transporte para estudantes universitários que cursam o nível superior em outras cidades do Sertão do Estado.

O embate teve início após o Poder Legislativo aprovar Lei obrigando o cadastramento de todos os alunos que utilizam o serviço, impondo a condição de ser eleitor de Pombal para usufruir do benefício.

Após ação do Ministério Público, a justiça local concedeu liminar e determinou a suspensão da exigência do domicílio eleitoral, observando que tal situação não está contida na Lei Orgânica.

Logo após a decisão judicial, a bancada de apoio do prefeito Abmael Lacerda (Verissinho) apresentou projeto para alterar um dos artigos da ‘Lei Maior’ que obriga o transporte, sem impor condições financeiras.

Pela ideia defendida pelos vereadores aliados da gestão municipal, o transporte será oferecido, “desde que não haja comprometimento das obrigações com a educação básica”.

Para a oposição, o termo “desde que” é uma autorização para o governo municipal justificar o não fornecimento do transporte, utilizando argumentos de falta de ônibus e/ou dificuldade financeira.

Em 2017, a justiça chegou a bloquear mais de R$ 80 mil dos cofres municipais para pagar veículos particulares para que o transporte não fosse prejudicado.

O vereador Romero Freitas, líder da oposição, apresentou requerimento para realização de uma audiência pública para ouvir os interessados no caso, mas a pretensão foi rejeitada por 6 votos a 4, contando, inclusive, com o voto contrário do vereador Marcos de Coatiba, que faz parte do grupo político liderado pela ex-deputada Pollyana Dutra.

Além de Marcos, votaram contra a discussão os vereadores Fábio Alencar, Fábio da Farmácia, Princesa, Rodolfo de Rosil e Beto Xau. Apenas Romero, Edinir Evaristo, João Leite Filho e Jorismar ‘Telefaz’ foram favoráveis.

Em entrevista ao “Liberdade Notícias”, da rádio Liberdade FM, o presidente da Câmara, Marcos Bandeira, defendeu a aprovação da mudança, negando que seja “um cheque em branco” para o não fornecimento do serviço, enfatizando que trata-se apenas de uma garantia de não acarretar em prejuízo para outros níveis da educação municipal, em casos de falta de recursos.

Ao mesmo programa jornalístico, Romero Freitas contestou esse entendimento e afirmou que caso seja aprovado o projeto a gestão municipal poderá usar argumentos financeiros e negar o transporte aos universitários que estudam em Sousa, Cajazeiras e Patos.

Por se tratar de emenda à Lei Orgânica, para ser aprovada são necessários 2/3 dos votos dos vereadores, ou 9 dos 13 parlamentares.

Os que defendem a aprovação da mudança na Lei seriam Beto Xau, Fábio Alencar, Fábio da Farmácia, Princesa, Rogério Martins, Marcos Bandeira, Rodolfo de Rosil e Marcos de Coatiba.

Contrários estão Romero, Edinir, Telefaz e João Filho. Apenas Edno Dantas ainda não revelou posicionamento.

As votações do projeto devem acontecer nas sessões de segunda (11) e terça-feiras (12) da próxima semana.

Por Blog do Naldo Silva