O apresentador Fausto Silva, o Faustão, recebeu alta do Hospital Israelita Albert Einstein na manhã deste domingo (10). Há duas semanas, o apresentador passou por um transplante de coração após ser diagnosticado com quadro de insuficiência cardíaca.
Faustão estava internado na capital paulista desde o dia 5 de agosto. Com o agravamento do quadro, quinze dias depois, o apresentador foi colocado na lista por um novo coração.
No último dia 31, o apresentador foi às redes sociais se manifestar depois do procedimento cirúrgico. “Não sinto nada, nenhuma dor. Estou completa recuperado”, disse na ocasião.
Durante o relato, Faustão se emocionou e agradeceu à família do doador do órgão, um homem de 35 anos chamado Fábio, que, segundo o apresentador, era atleta, surfista e jogador de futebol.
Faustão, de 73 anos, recebeu o novo coração no último dia 27. O órgão veio de Santos, no litoral paulista, de helicóptero.
De acordo com a Secretária de Saúde de São Paulo, a partir do momento em que houve a disponibilidade do órgão, o sistema selecionou doze pacientes que atendiam aos requisitos para o transplante.
Destes, quatro tinham prioridade. Faustão ocupava a segunda posição nesta lista e recebeu o órgão depois de a equipe do paciente que estava em primeiro lugar na lista de prioridade recusar o órgão.
Após a cirurgia, sua mulher, Luciana Cardoso, compartilhou uma carta de agradecimento aos amigos, equipe médica e à família de quem doou os órgãos, entre eles o coração recebido pelo apresentador.
Ela disse que, “em um momento de dor e sofrimento”, a família do doador “disse sim e permitiu que não só o Fausto pudesse ter mais tempo ao lado dos filhos, como tantos outros receptores que hoje estão comemorando essa recuperação”.
“Fiquei muito feliz em saber que aqui, nesse mesmo hospital, uma pessoa por meio do SUS também recebeu desse mesmo receptor outro órgão e sua segunda chance de vida”, encerrou.
No Brasil, todos os transplantes de órgãos respeitam o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), sejam eles custeados pelo SUS, por planos de saúde ou pagos pelo paciente. Saiba mais nesta matéria.
Segundo o cardiologista Lázaro Miranda, o paciente só entra na lista após ter seu estado de saúde avaliado pela equipe médica. Se ele e a família concordarem, o médico pode inseri-lo no SNT.
Cada estado ou região organiza a sua própria lista e todas são monitoradas pelo sistema e outros órgãos de controle federais. A fiscalização é feita para que nenhuma pessoa conste em duas listas diferentes e que nenhuma norma legal seja desrespeitada.
A fila funciona por ordem cronológica de inscrição, mas é balizada por outros fatores, como gravidade e compatibilidade sanguínea e genética entre doador e receptor.
Fonte: CNN Brasil