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Meteorologista Mário Leitão explica previsão climática para 2024 no semiárido e diz que El Niño pode trazer mudanças na estação chuvosa da região
Segundo ele, as condições atuais configuram para a formação de um novo El Niño no Oceano Pacífico, com possibilidade de mudanças no clima nas regiões Norte e no semiárido do Nordeste
07/10/2023 08h00
Por: PATOS ONLINE Fonte: Por Genival Junior – Patosonline.com
Foto: Reprodução

O meteorologista Mário Leitão, concedeu entrevista na cidade de Juazeiro do Norte-CE, e falou sobre as previsões para a próxima estação chuvosa do semiárido paraibano e do Nordeste no ano de 2024, além de diversas particularidades relacionadas as suas condições climatológicas do próximo ano.

Segundo ele, as condições atuais configuram para a formação de um novo El Niño no Oceano Pacífico, com possibilidade de mudanças no clima nas regiões Norte e no semiárido do Nordeste, devido as mudanças na pressão atmosférica, mas ressaltou que pode ocorrer precipitações mesmo dentro do fenômeno.

“Nem todo ano de El Niño é ano de seca no Nordeste, porque mesmo em ano de El Ninõ, a não ser naqueles ano de El Niños fortes, se o Oceano Atlântico na costa do Nordeste tiver aquecido, nós podemos ter uma boa evaporação no oceano, os ventos alísios vão trazer essa umidade pra cima do semiárido, e a maior contribuição das chuvas do semiárido é da Zona de Convergência Intertropical, faiza de nuvens que se formam no oceano e vem para o interior do Nordeste”, explicou o professor Mário Leitão.

Ainda segundo o meteorologista, um estudo realizado em 1998 aponta que em 46% dos anos de El Niño, ocorre seca no Nordeste, mas as circunstâncias de momento apontam apenas para a possibilidade de um ano conturbado em várias regiões do semiárido nordestino.

Calor

Mário acrescentou que o ano de 2023 registrou recordes de temperatura nos meses de agosto e setembro, devido a incidência de raios solares, tendo o dia 27 de agosto uma umidade relativa do ar em 11% e a temperatura mais quente do ano no dia 27 de agosto.

O meteorologista disse ainda que a onda de calor ocorrida nos últimos meses no Nordeste, pode representar um efeito positivo, a depender dos níveis de evaporação ocorridos nos oceanos durante o mesmo período.

Veja mais detalhes na entrevista abaixo:

Por Genival Junior – Patosonline.com