O número de focos de queimadas detectadas no estado do Amazonas supera a média histórica para todos os meses de outubro, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Durante os primeiros 10 dias deste mês, foram registrados 2.684 pontos de calor.
O mês de outubro do ano passado registrou, no total, 1.503 focos de calor, número 78,5% menor do que o detectado em apenas 10 dias do mesmo mês, em 2023.
No bioma Amazônia, foram registrados 8.229 focos de queimadas. Isso representa 61,5% de todos os pontos de calor detectados pelo Inpe durante os primeiros 10 dias de outubro.
Os municípios amazônicos que registraram os maiores focos foram Lábrea (344), Boca do Acre (263) e Novo Aripuanã (245).
Segundo o Greenpeace Brasil, as queimadas no sul do estado têm gerado uma nuvem de fumaça densa em Manaus, capital do Amazonas, que também tem registrado queimadas na região metropolitana.
Thaís Bannwart, porta-voz do Greenpeace Brasil, afirma que as queimadas no Amazonas são intensificadas pelo fenômeno climático El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacifico, que tem intensificado a seca na Região Norte.
“A seca na Região Norte do país está causando impactos severos na vida e saúde das comunidades locais e na biodiversidade”, destaca Bannwart.
“Para além de ações emergenciais, cruciais neste momento, precisamos que o governador Wilson Lima avance em ações e programas que induzam a uma nova lógica econômica que concilie a floresta em pé com geração de renda para os moradores do interior, além da criação de Unidades de Conservação e demarcação de territórios tradicionais, a regularização ambiental e o amplo apoio às ações dos órgãos de fiscalização à punição dos criminosos que destroem a Amazônia”, completa a porta-voz do Greenpeace.
Fonte -
Maria Eduarda Portela / Metropoles