O envolvimento do grupo libanês Hezbollah na guerra travada entre Israel e o grupo radical Hamas é visto com preocupação pelos israelenses. Documento das Forças de Defesa de Israel (FDI), ao qual o Metrópoles teve acesso, aponta que a participação direta do grupo no conflito poderia levar a uma “guerra destrutiva”.
O relatório destaca que, desde o ataque-surpresa de 7 de outubro, o Hamas tem promovido múltiplos ataques vindos do Líbano e da Síria. As Forças de Defesa de Israel consideram que Hezbollah autorizou esses ataques e participou ativamente deles.
As Forças de Defesa de Israel ainda consideram o Hezbollah responsável por todo os ataques vindos do Líbano. “O envolvimento do Hezbollah pode levar a uma guerra destrutiva, que pode ser contra os interesses nacionais israelenses e libaneses”, ressalta.
O relatório das FDI acrescenta que não faz parte dos interesses de Israel escalar os conflito com o Hezbollah, mas que agirá de forma a defender os seus cidadãos, onde quer que sejam ameaçados.
O total de mortos da guerra entre Israel e o grupo radical Hamas chegou a 4 mil. O levantamento leva em conta informações do Ministério da Saúde da Palestina com dados divulgados pela Embaixada de Israel no Brasil neste domingo (15/10).
Na Palestina, 2.670 perderam a vida. Já as autoridades de Israel informam 1,4 mil mortes. A quantidade de feridos passa de 13 mil, somando dados de ambos os lados do conflito.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou, nesse sábado (14/10), que mais de 700 crianças palestinas morreram na guerra entre Israel e o Hamas. O número de crianças feridas chega a 2,4 mil, com base em informações divulgadas por fontes locais.
“As imagens e histórias são claras: crianças com queimaduras horríveis, ferimentos de morteiro e membros perdidos. E os hospitais estão totalmente sobrecarregados para tratá-los”, disse Sara Al Hattab, porta-voz do Unicef, à CNN Internacional.
Este domingo (15/10) marca o 9º dia da guerra entre Israel e o Hamas. O conflito teve uma escalada em 7 de outubro, quando o Hamas promoveu um ataque surpresa a Israel. Desde então, Israel tem promovido bombardeios contra a Faixa de Gaza.
Na última sexta-feira (13/10), as Forças de Defesa de Israel determinaram que todos os civis da área deixem o norte da Faixa de Gaza. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, porém, ser impossível esse deslocamento sem “consequências humanitárias devastadoras”.
O governo de Israel estendeu o prazo para desocupação, mas não recuou da medida, o que levou centenas de milhares de famílias a deixarem tudo para trás. E, em meio a essa mobilização, os bombardeios não cessaram.
Os bombardeios contra a Faixa de Gaza se somam à falta de suprimentos de primeira necessidade, a partir da iniciativa de Israel de ordenar um cerco total à região. Gaza tem carecido, por exemplo, de alimentos, combustíveis e remédios.
Fonte - Mateus Salomão / Metropoles.com