Na madrugada desta terça-feira (17), o advogado José César Cavalcanti Neto, que ficou conhecido por ser flagrado agredindo uma mulher dentro de um elevador em 28 de setembro, foi preso no bairro do Bessa, em João Pessoa, Paraíba. De acordo com a delegada Cláudia Germana, a prisão foi realizada devido a ameaças feitas pelo advogado a duas testemunhas dentro da Delegacia da Mulher, o que configura um crime de coação no curso do processo.
O advogado foi preso com base em um mandado de prisão e não ofereceu resistência durante a ação policial. Ele foi conduzido à Delegacia da Mulher, onde será submetido a exame de corpo de delito. Posteriormente, será encaminhado à carceragem da Central de Polícia de João Pessoa e passará por audiência de custódia ainda nesta terça-feira.
“Outras investigações estavam pairando sobre ele, foi tudo juntado em um procedimento criminal. Ameaças [do advogado contra as testemunhas] de que elas não deveriam ter dado início ao procedimento, que houve exposição ao acusado. O procedimento segue em segredo de Justiça, e é um crime que o Código Penal define como coação no curso do processo, um crime de pena alta, inclusive, que pode gerar um mandado de prisão contra ele, e foi isso que ocorreu. Este foi um dos motivos. A agressão e a coação no curso do processo foram os motivos do mandado de prisão”, explicou Cláudia Germana.
As imagens das agressões cometidas por José César Cavalcanti Neto no elevador chocaram o público quando foram divulgadas no final de setembro. Além disso, ele teria ameaçado testemunhas dentro da delegacia, o que resultou em sua prisão.
A vítima, apesar da possibilidade de obter uma medida protetiva contra o agressor, optou por não solicitar tal recurso.
“A vítima não quis medida protetiva, mas pelo fato da ação ser incondicionada, a gente precisa dar andamento às investigações. Sobre o vídeo, ele diz que não há agressões, e ele nega as agressões, mas as imagens falam por si só. Ela nega um pouco os fatos, dizendo que ele estava apenas tentando impedi-la de sair do prédio, mas as imagens falam por si só e a investigação tem que continuar”, disse a delegada.
Por Patosonline.com
Com informações de g1 PB