O Ministério das Relações Exteriores Palestino classificou o ataque ao Hospital Batista Al-Ahli nesta terça-feira (17) como um “massacre a sangue frio”.
O ataque “permanecerá para sempre uma mancha na consciência da humanidade, que tem testemunhado os horrores cometidos contra o povo palestino sem tomar medidas para impedi-los”, pontua o comunicado.
“Todas as regras do direito internacional estão sendo destruídas à medida que milhares de pessoas são massacradas impiedosamente e milhões de pessoas estão sendo despojadas da sua humanidade, sujeitas a assassinatos injustificados, à fome e a transferências forçadas, sem fim à vista, enquanto as forças de ocupação israelenses continuam atacando a Faixa de Gaza, com milhares de mísseis e bombas visando áreas civis por via aérea, terrestre e marítima e ameaças de cometer assassinatos em massa”, ressalta a nota.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto pelas vítimas do ataque aéreo israelense ao Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza.
Em comunicado divulgado pelo seu gabinete, o Abbas também ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio mastro para as vítimas da “agressão israelense ao hospital al-Ahli e para todas as pessoas mortas pela ocupação”.
O governo de Israel responsabilizou a Jihad Islâmica pelo ataque ao hospital nesta terça-feira (17).
Além disso, Tal Heinrich, porta-voz do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, disse à CNN que “as IDF não têm como alvo hospitais”, acrescentando: “nós apenas temos como alvo redutos, depósitos de armas e alvos terroristas do Hamas”.
De acordo com a agência Reuters, o porta-voz da Jihad Islâmica Palestina negou que o grupo seja responsável pelo ataque.
O primeiro-ministro israelense, Benjamein Netanyahu, por sua vez, culpou os “terroristas bárbaros em Gaza” por “atacarem” o Hospital Batista Al-Ahli.
“Para que o mundo inteiro saiba: os terroristas bárbaros em Gaza são aqueles que atacaram o hospital em Gaza, não as FDI [Forças de Defesa de Israel]”, afirmou Netanyahu em comunicado.
“Quem assassinou brutalmente nossos filhos também está assassinando seus filhos”, acrescentou.
Um míssil atingiu o Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, nesta terça-feira (17). Um vídeo obtido pela CNN mostra o momento do ataque.
Uma nota do Ministério da Saúde palestino ressalta que muitas pessoas ainda permanecem enterradas sob os escombros.
“Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeamento do Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeamento”, destaca o comunicado, alegando que Israel teria sido responsável pelo caso.
“Deve-se notar que o hospital abrigava centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos”, adiciona a nota.
O Hamas divulgou um comunicado classificando o ato como “genocídio”. “O massacre do Hospital Al-Ahli, no coração da Faixa de Gaza, é um genocídio. Chega de silêncio sobre a agressão e a imprudência da ocupação”, colocou o grupo armado.
Fonte: CNN