Nesta sexta-feira, instituições que compõem a Articulação do Semiárido Paraibano, juntamente com agricultoras e agricultores, representantes da coordenação estadual das comunidades quilombolas, MST, Fetag e professores universitários, se reuniram com representantes do governo federal, para estabelecer um diálogo sobre os impactos das energias renováveis (eólica e solar) para a região semiárida.
A União esteve representada por meio da Secretaria Geral da Presidência da República, Ministério do Meio Ambiente, Minas e Energia, Incra, Ministério de Desenvolvimento Agrário, Cersa, quando na oportunidade foi feita uma visita aos parques solares e eólicos instalados no município de Santa Luzia, para constatar alguns problemas ocorridos na região.
“Em princípio nós não sabíamos quais eram os impactos que ela ía causar tanto, mas nós estamos com prejuízo ambiental nos rios contaminados no barro que desceu dos rios, a terra ficou solta, descampada, a devastação da nossa caatinga, fora a colocação dos inseticidas que colocaram para não nascer mato, além das explosões que colocaram nas rochas para planear a energia solar, que racharam as nossas casas e nossas cisternas. Não somos contra as energias renováveis, mas a forma como está sendo feita” disse Zuíla, presidente da Associação Comunitária Quilombola do sítio Pitoeira, no município de Várzea.
Outras consequências causadas as populações locais, foram o assoreamento, poluição e contaminação dos açudes, desmatamento, aquecimento do clima e até mesmo a expulsão das famílias do campo, devido as alterações do ambiente natural para a sua subsistência.
Os representantes das comunidades afetadas falaram sobre os principais problemas vivenciados pelas comunidades, na expectativa de que alguma medida possa ser tomada para minimizar os impactos ocorridos. Além de Santa Luzia, participaram representantes de vários municípios do Vale do Sabuji.
Por Genival Junior - Patosonline.com
Com informações de Renalle Benício, assessora do centro de Educação Popular e Formação Social-CEPFS