O Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), em Patos, unidade integrante da rede de saúde do Governo da Paraíba, conta agora com a prescrição 100% eletrônica para medicamentos padronizada, um avanço conquistado por meio da parceria com o projeto do Hospital Oswaldo Cruz de Reestruturação de Hospitais Públicos (RHP), executado pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.
Nessa terça-feira (7), a unidade encerrou o ciclo de três anos de execução do projeto superando a meta de crescimento de conformidades que era de 15% e fechando com 43% no pronto atendimento. Além da Urgência e Emergência, o projeto focou melhorias na Farmácia, Bloco Cirúrgico e UTIs que impactaram positivamente na assistência ao paciente e fluxo de trabalho.
A farmacêutica Tatiana Francelino, representante do Hospital Oswaldo Cruz, explica que a prescrição eletrônica para 100% dos pacientes, padronizadas no hospital inteiro, permitiu uma assistência mais segura. “Com essa ação, os medicamentos de alta vigilância estão todos identificados, sinalizando os riscos para os profissionais de Enfermagem, o que proporciona uma administração ainda mais segura desses medicamentos”, destaca ela, lembrando que o hospital também avançou com a implantação do protocolo de sepse (infecção generalizada), e a dispensação rápida do antimicrobiano, o que possibilitou que os pacientes tenham ainda mais segurança de receber todos os cuidados no tempo certo.
Ela disse ainda que a equipe do projeto deixa o hospital com a sensação do dever cumprido. “Ao longo destes últimos três anos, trabalhamos muitos processos relacionados à qualidade e segurança do paciente. Só tenho a agradecer a todos os envolvidos. No último ano, tínhamos uma meta de crescimento de 15% e atingimos 43%. E esse trabalho não acaba aqui. Ele continuará com os profissionais que vão seguir trabalhando por melhorias e mais segurança para os pacientes”, destacou Tatiana.
A médica Cibele Cristina Paronetto, que também integra a equipe do Hospital Oswaldo Cruz, destacou a evolução do Hospital de Patos. “Nessa última visita fizemos a avaliação final da instituição e constatamos evidências tanto de melhorias, quanto de processos implantados propostos pelo projeto, tanto no Centro Cirúrgico, quanto no Pronto Socorro. A equipe médica mostrou ainda mais maturidade e segurança, principalmente, em relação ao protocolo de cirurgias seguras. Hoje, enxergamos uma evolução muito importante, com destaque para aplicação dos termos de consentimento cirúrgico e anestésico para todos os pacientes elegíveis, além da aplicação do check list verbal em sala, com condução pela equipe de enfermagem, enfim, com o cumprimento de todos os processos que garantem uma segurança no ato cirúrgico, promovendo um melhor desfecho para o paciente”, destacou ela, lembrando que o setor atingiu um aumento de 29% de implantação de processos, o que caracteriza um aumento significativo.
Em relação ao Pronto Socorro, segundo a médica, também houve avanços consideráveis. “Constatamos uma evolução também significativa da equipe no que diz respeito à maturidade e segurança dos processos que foram propostos pelo projeto, com destaque para a passagem de plantão da equipe médica que é fundamental para que se garanta a continuidade do cuidado ao paciente, destacando a elaboração de protocolos clínicos, que garantem a padronização da assistência e ainda a implantação do protocolo de sepse (infecção generalizada), que, neste caso, envolve também as equipes de enfermagem, farmácia e do serviço de controle de infecção hospitalar que faz o gerenciamento deste protocolo”, enfatizou a médica Cibele. Para ela, esses avanços evidenciam que toda a equipe do Hospital de Patos entendeu e está comprometida com a cultura de segurança e qualidade de atendimento ao paciente.
“Com o projeto aperfeiçoamos nossos processos internos, o que, inevitavelmente, impactou na melhoria da assistência aos nossos pacientes, no aperfeiçoamento de fluxos internos, numa melhor disseminação da cultura de qualidade no atendimento e segurança do paciente, com o aperfeiçoamento dos protocolos de sepse (infecção generalizada) e classificação de risco e, com isso, avançamos muito na nossa prestação de serviços de saúde e olhar para os pacientes e todos ganharam com isso”, destaca o diretor clínico do hospital, Dr. Pedro Augusto.
“Todos os avanços do projeto foram imprescindíveis na melhoria da assistência prestada aos nossos pacientes, impactando diretamente na agilidade dos processos da assistência, gerando uma resposta mais ágil, eficiente e humanizada, o que caracteriza a missão de nossa instituição, além de aperfeiçoar os fluxos de trabalho, gerando mais satisfação e dando mais segurança à equipe com informações e ampliação de conhecimentos”, reitera a responsável técnica da Enfermagem do hospital, Josineide Ramalho.
O diretor-geral do hospital, Francisco Guedes, agradeceu a equipe do projeto. “Esse projeto foi extremamente importante para a nossa unidade. Foi através dele que nós conseguimos mudar a realidade de prescrição médica de todo o hospital, implantar sistemas muito eficazes de controle de medicamentos e prescrição por paciente, mudar a dinâmica do bloco cirúrgico, trazendo uma maior segurança de procedimentos, mudar o fluxo de atendimento no setor de urgência e internação, com resultados muito positivos e melhoria na assistência e tudo isso reflete um novo tempo do hospital. Devemos muito a esse projeto na melhoria de nossos indicadores. Daqui em diante nosso compromisso é continuar melhorando, evoluindo e se dedicando a avançar cada vez mais”, finalizou ele, lembrando que o apoio, compromisso, dedicação e união da equipe foi fundamental para a conquista de todos esses avanços.
Sobre o Projeto – O Projeto de Reestruturação de Hospitais Públicos (RHP) é uma ação de intervenção e de instrumentalização em gestão em saúde que desenvolve ações para fortalecer e fomentar melhorias nos processos assistenciais, administrativos e gerenciais dos hospitais do SUS, com enfoque na avaliação e no monitoramento contínuo de processos, na redução de custos e no gerenciamento consciente de recursos humanos e materiais, consequentemente contribui para a padronização de rotina e a redução de riscos aos pacientes, aos familiares e trabalhadores da saúde.
O projeto já contempla outros 56 hospitais públicos no país, localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, áreas onde o número de casos de Covid cresceu muito nos últimos meses. Na Paraíba, além do Complexo Hospitalar de Patos, outras unidades desenvolvem o Projeto, a exemplo do Hospital de Trauma de Campina Grande e o Hospital Edson Ramalho, em João Pessoa.
Assessoria