Um trágico episódio chocou São José de Piranhas, no Sertão paraibano, com a morte de uma bebê de apenas seis meses. O corpo da criança deverá passar por um exame sexológico para investigar a possibilidade de abuso sexual.
A Polícia Militar efetuou a prisão de duas mulheres na manhã da última quinta-feira (9), ambas suspeitas de serem as responsáveis pelo assassinato do bebê. A mãe da criança e sua companheira foram identificadas como as principais envolvidas no crime, de acordo com informações da polícia.
O delegado Danilo Charbel, encarregado do caso, informou ao repórter Ângelo Lima que o exame preliminar realizado pelo médico apontou lesões preocupantes no corpo da vítima, incluindo boca, testa, costas e região anal.
Ao serem conduzidas à delegacia, a mãe permaneceu em silêncio, enquanto a companheira admitiu a autoria do crime, sem, no entanto, fornecer detalhes sobre o ocorrido.
Nesta sexta-feira, as duas mulheres foram transferidas da Cadeia Pública Feminina de Cajazeiras, para João Pessoa, após um princípio de tumulto causado por detentas que rejeitaram a presença da dupla na unidade.
O delegado Danilo Charbel expressou a revolta causada pelo acontecimento, não apenas em São José de Piranhas, mas em toda a sociedade. Ele destacou a necessidade urgente de repensar o cenário atual, marcado por altos índices de violência, buscando compreender suas causas e implementar medidas para contê-la. O delegado ressaltou a importância de uma reflexão sobre a convivência na sociedade atual, caracterizada por uma dinâmica fluida que exige uma abordagem mais cuidadosa.
“É um fato que causa revolta de toda a sociedade, não só de São José de Piranhas, mas da sociedade como um todo, porque o objetivo da sociedade é viver de uma forma harmônica, e um fato dessa natureza tira a harmonia social. Então, é de causar pleno rancor de toda a sociedade”, disse o delegado Danilo Charbel.
“Há uma necessidade urgente da sociedade repensar a forma do que nós estamos vivendo, porque o que a gente verifica é que está tendo muita violência. E o porquê dessa violência? Essa violência tem que ser estudada e ser contida, tendo em vista que todos estão vivendo numa sociedade muito muito líquida, e a gente não deve permanecer nessa forma de pensar”, acrescentou o delegado.
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Com informações e imagens do Diário do Sertão