Na manhã deste sábado, 25 de novembro, o Patosonline.com fez contato com o senador paraibano, Efraim Filho (União Brasil), para colher do próprio, que é autor do Projeto de Lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento das empresas, a opinião dele sobre o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recentemente ao referido projeto.
O senador disse que é de se lamentar a decisão do governo e incompreensível, pois essa decisão vai aumentar o imposto, a carga tributária do setores que mais produzem e empregam no país. Para ele, tal decisão de Lula irá aumentar o custo do emprego e sobrará para as empresas a decisão de demitir ou substituir o trabalho por máquinas naquilo que é possível.
“Isso vai prejudicar a vida de pais e mães de família que ficaram sem emprego e sem condição de com o suor do rosto colocar o pão na mesa de sua casa”, desabafou Efraim Filho no vídeo enviado a nossa equipe.
Os 17 setores afetado são: confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação (TI), tecnologia da informação e comunicação.
Caso o veto seja mantido todos os citados setores terão uma carga tributária maior aumentando o risco de demissões. As projeções da União Geral dos Trabalhadores (UGT), são de que os cortes podem atingir quase 1 milhão de trabalhadores – ou 10% dos cerca de 9,7 milhões de empregados hoje nesses setores.
O presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, diz que a entidade realizou um levantamento do impacto de uma possível reoneração da folha de pagamentos. “O impacto, imediato, é de uma perda de 20 mil empregos já no primeiro ano. Taxar a geração de empregos vai de encontro à desejada política de reindustrialização do País.” A avaliação no setor calçadista é que o impacto seria uma carga tributária extra de R$ 720 milhões por ano.
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