No último sábado (02), o cidadão Wlysses Silva, residente no bairro Novo Horizonte, procurou a equipe do Patosonline.com para expor um caso ocorrido na Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos, durante o nascimento do seu filho. Segundo ele, o bebê acabou sofrendo ferimentos na cabeça em uma tentativa de parto normal que não se concretizou, sendo necessária a cesariana.
O fato aconteceu no último dia 29 de novembro e Wlysses conta que por volta das 03h40min da madrugada se dirigiu com sua esposa, Grazielle Silva, até a Maternidade, após ela entrar em trabalho de parto. Ao chegar na unidade, foi feito o exame de toque que constatou que a paciente apresentava 6 centímetros de dilatação, sendo necessário aguardar por mais algumas horas para que houvesse o parto normal.
Por volta das 10h, a dilação havia aumentado 1 centímetro e às 14h estava com 10 centímetros, com isso, ele conta que a equipe médica esperou ela ter uma passagem normal. No entanto, Wlysses disse que a irmã da paciente ouviu quando as enfermeiras disseram que ela apresentava uma passagem estreita e que teria dificuldade, com isso continuaram pedindo para que Grazielle fizesse força na tentativa do parto normal, mas ela já não aguentava.
Nesse momento, foi utilizado um equipamento chamado vácuo extrator, que foi grudado na cabeça do bebê para puxar quando viesse as contrações. Porém, o pai conta que puxaram exatamente três vezes e em todas elas saía muito sangue, mas sem êxito para que a criança nascesse. As médicas insistiram mais uma vez, foi quando a irmã da paciente falou para que não tentassem mais, pois ela não tinha passagem, sendo feito então a cesariana.
Após o nascimento do bebê os pais constataram que a criança apresentava ferimentos na região da cabeça diante da utilização do vácuo extrator, algo que causou indignação.
Veja abaixo o relato do pai ao Patosonline.com:
"Por volta das 3h40 estávamos a caminho da Maternidade Pelegrino Filho, assim que chegamos fizeram o exame de toque e ela estava com 6 centímetros de dilatação, quando foi por volta de 10 horas ela aumentou 1 centímetro, às 14 horas ela aumentou para 10 centímetros, com isso, eles esperaram ela ter uma passagem normal, mas já viram que ela não ia ter passagem, a irmã ouviu quando enfermeiras disse que ela tinha uma passagem estreita e que ia ter dificuldade, com isso insistiram pedindo pra que ela fizesse força e mais força, e ela já estava fraca sem aguentar, com isso, pegaram uma borracha pra "ajudar" a criança a ter passagem, disseram que ia "grudar" na cabeça pra puxar quando viesse as contrações, puxaram exatamente três vezes e quando puxavam saía muito sangue e nada de ajudar na passagem, quando foram as duas médicas lá pra dentro viram que não estava conseguindo passagem, insistiram mais uma vez e foi quando a irmã falou que não era pra tentar mais, pois ela não tinha passagem", disse.
Sobre o assunto, o Patosonline.com procurou a direção da Maternidade Dr. Peregrino Filho, que emitiu uma nota de esclarecimento sobre o caso. Confira abaixo:
A Maternidade Dr. Peregrino Filho, é uma Unidade Hospitalar vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) de gestão estadual, referência no atendimento Materno-Infantil da 3ª Macrorregião de saúde que compõe o alto sertão paraibano. A Unidade tem o compromisso de zelar pela saúde Materno-Infantil, bem como, oferecer aos usuários uma experiência positiva, prestando seus serviços com maior esmero possível a todos que dependam deste serviço de saúde, zelando assim pela qualidade e probidade em todos os seus atos.
Diante das informações apresentadas ao portal Patosonline, dia 02 de dezembro de 2023, que tem como fato à denúncia de possível negligência em procedimento realizado na Maternidade Dr. Peregrino Filho envolvendo funcionários desta Instituição especificamente em um parto normal.
Em resposta a denúncia realizada sobre a paciente, G.S.S:
O processo de trabalho de parto pode durar até 48 horas, principalmente em se tratando de primíparas!
A paciente em questão é primípara e chegou com alteração do valor de glicemia, pelo exame realizado no pré-natal, o que indicou diabetes gestacional e nessa condição, de acordo com o protocolo do ministério da saúde é orientado o parto normal!
A paciente apresentou dilatação total, mas não conseguiu expulsar o feto sozinha, sendo necessário a utilização do vácuo extrator, que é um instrumental médico, aprovado pela ANVISA e pelos conselhos de medicina e que é utilizado em todas as maternidades em situações como essa, infelizmente em determinadas situações pode ocorrer lesões superficiais na pele do bebê, mas que não trazem prejuízos a saúde do mesmo.
Mesmo com a utilização do vácuo extrator, não foi possível a expulsão do bebe, sendo indicada a cesariana.
É importante ressaltar que a paciente se manteve colaborativa com todo o processo, que a mesma foi examinada e avaliada por 4 médicas obstetras e acompanhada pela equipe de enfermagem especializada em obstetrícia e que durante esse período foi auscultado os batimentos Cardio-Fetais do bebê e os mesmos se mantiveram dentro do normal, fazendo com que o bebê nascesse bem, sem nenhuma complicação.
04 de dezembro de 2023
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Por Patosonline.com