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Promotor diz que recursos do Programa Prato Cheio, executado pelo Hospital Padre Zé em Patos e mais 5 cidades, foram "completamente desviados"
A investigação revelou desvios significativos de recursos, comprometendo a continuidade do programa, que tinha como propósito fornecer refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade.
14/12/2023 11h30
Por: PATOS ONLINE Fonte: Por Patosonline.comCom informações do ClickPB
Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (14), a terceira fase da Operação Indignus foi deflagrada com o objetivo de investigar fraudes ocorridas no "Programa Prato Cheio". A ação concentra-se na administração do padre Egídio de Carvalho no Hospital Padre Zé. O promotor Octávio Paulo Neto, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), passou detalhes da operação ao jornalista Clilson Júnior.

O Programa Prato Cheio, que visava atender a população vulnerável em diversas cidades, incluindo João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Pombal e Cajazeiras, era executado pelo Hospital Padre Zé com recursos públicos repassados pelo Governo do Estado. O propósito era fornecer refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade.

"Hoje no dia de combate à pobreza, a gente teve a infelicidade de desencadear mais uma fase da operação indignus que tem por objetivo aclarar todas as fraudes ocorridas no programa prato cheio. Um programa voltada a população de vulneráveis e a segurança alimentar", explicou o promotor. 

No entanto, a investigação revelou desvios significativos de recursos, comprometendo a continuidade do programa.

"Ele era para estar acontecendo ainda. Todavia os recursos que, em tese, eram direcionados à continuação desse programa, foram completamente desviados. Então assim, isso é muito significativo", afirmou o promotor Octávio Paulo Neto.

Além das apurações sobre as fraudes, o coordenador do Gaeco destacou a importância de aumentar a transparência nos convênios firmados com recursos públicos para programas sociais e fundações.

"É bastante grave e isso só mostra que é necessário mais do que nunca ter transparência nos convênios e mais do que nunca ter transparência nas associações e fundações que lidam com dinheiro e recursos públicos", enfatizou.

A operação

Na manhã desta quinta-feira, 14 de dezembro de 2023, a Força Tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO do Ministério Público do Estado da Paraíba, em conjunto com a Polícia Militar da Paraíba e a Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, deflagraram a terceira fase da “Operação Indignus”. O objetivo principal da ação é o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal da Capital, do Poder Judiciário da Paraíba.

Esta fase representa um desdobramento da investigação iniciada pela “Operação Indignus”, que visa apurar diversos ilícitos, incluindo pagamento de propina, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade e apropriação indébita. Tais práticas estariam relacionadas ao repasse de quantias expressivas dos cofres públicos ao Instituto São José (na capital), ao Hospital Padre Zé e à Ação Social Arquidiocesana/ASA. O foco da investigação recai sobre um Núcleo de Empresas e pessoas geridas por indivíduos sob suspeita.

No total, estão sendo cumpridos 10 mandados judiciais de busca e apreensão, distribuídos em endereços de 6 investigados e 4 empresas. Destes, 3 mandados estão sendo executados na cidade de João Pessoa-PB e os demais 7 na cidade de Patos-PB.

Por Patosonline.com
Com informações do ClickPB