Nos últimos dias, denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes na Ilha de Marajó, no estado do Pará, têm ganhado destaque, gerando clamor por uma investigação mais aprofundada sobre o problema. O renomado jornalista Roberto Cabrini foi até a ilha para investigar pessoalmente as alegações, encontrando, inclusive, resistência durante o processo de apuração.
As acusações, que têm circulado especialmente nas redes sociais e entre grupos evangélicos, têm chamado a atenção de autoridades em Brasília. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), está sob pressão para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre tráfico infantil, após o deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) ter colhido as assinaturas necessárias para tal medida.
Além disso, os deputados federais Paulo Bilynskyj e Eduardo Bolsonaro, ambos do PL-SP, pretendem apresentar um requerimento para instaurar uma CPI específica para investigar as denúncias de exploração e abuso sexual infantil na Ilha de Marajó. A iniciativa já conta com o apoio de diversos parlamentares, mas ainda aguarda um número mínimo de assinaturas para ser formalizada.
Esta não é a primeira vez que a região do Marajó é alvo de investigações sobre exploração sexual de menores. No passado, CPIs foram realizadas no Congresso Nacional para abordar esse tema, evidenciando a gravidade e a recorrência do problema.
Relatos colhidos em investigações anteriores corroboram as denúncias atuais. A coordenadora da Comissão de Justiça e Paz da CNBB, irmã Marie Henriqueta, confirmou casos de exploração sexual na região, mencionando o desaparecimento de crianças que, ao venderem óleo nas balsas, acabam sendo aprisionadas por exploradores sexuais.
Recentemente, a cantora Aymeê trouxe à tona a questão em uma apresentação no programa "Dom reality", mencionando os problemas sociais e ambientais na Ilha de Marajó em sua música "Evangelho de fariseus". Suas declarações repercutiram amplamente, ressaltando a urgência de uma resposta às denúncias.
Veja o vídeo:
A retomada do debate sobre a exploração sexual de crianças na Ilha de Marajó tem mobilizado artistas, influenciadores e a sociedade em geral, que clamam por justiça e por medidas efetivas para enfrentar essa realidade alarmante. A campanha #justicaporMarajo ganhou força nas redes sociais, evidenciando a necessidade de uma ação concreta para proteger as crianças e adolescentes vulneráveis nessa região.
Veja abaixo a reportagem completa da Record:
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Texto produzido com base em informações divulgadas pela Rede Record, Gazeta do Povo e CNN Brasil