Os motoristas de aplicativo na Paraíba expressaram sua oposição ao Projeto de Lei Complementar (PLC) apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PLC busca estabelecer uma carga horária máxima, salário mínimo e outros direitos para os trabalhadores de plataformas como Uber e 99. Em uma entrevista ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio, a categoria anunciou sua intenção de mobilizar os parlamentares paraibanos a fim de impedir a aprovação do projeto no Congresso Nacional.
O presidente assinou oficialmente a proposta durante um evento realizado na tarde desta terça-feira (4), encaminhando-a para votação na Câmara dos Deputados. Entre as propostas delineadas no projeto estão uma carga horária máxima de 12 horas, salário mínimo, cobertura de custos, auxílio maternidade e a possibilidade de organização sindical.
Lula afirmou que o PLC visa garantir uma jornada de trabalho mais digna para aqueles que buscam uma renda adicional. "Os sindicatos não se opõem ao trabalho aos domingos. O que eles querem é que as pessoas tenham uma jornada respeitada e que os motoristas recebam um tratamento justo para atender a uma demanda extra, necessária tanto para a sociedade quanto para os proprietários de estabelecimentos comerciais", destacou.
No entanto, a Associação dos Motoristas por Aplicativo da Paraíba, representada pelo presidente Ykaro Pereira, manifestou sua desaprovação ao projeto. Em entrevista ao programa Hora H, Pereira explicou que nenhuma das demandas da categoria foi atendida, incluindo o reajuste da tarifa mínima para R$ 10 por corrida e o pagamento de R$ 40 por hora trabalhada.
"O governo, percebendo a falta de acordo entre as plataformas e os sindicatos e associações, parece estar tentando impor este projeto aos motoristas de aplicativo. Na realidade, isso parece ser apenas uma tentativa de aumentar a arrecadação, principalmente do INSS, ao qual atualmente não temos acesso ao que ganhamos e ao faturamento das plataformas", criticou Pereira.
Diante disso, a Associação planeja buscar os deputados federais e senadores da Paraíba para tentar barrar o projeto. A principal queixa de Pereira é a falta de inovação no PLC de Lula, que propõe uma carga horária máxima de 12 horas e um pagamento de R$ 30 por hora, valores que, segundo ele, já estão em vigor. Além disso, a contribuição obrigatória ao INSS, outra proposta do presidente, não é vista com bons olhos pela categoria.
Patosonline.com
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