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Em Patos: servidora efetiva de 72 anos tem afastamento por auxílio doença negado pela 4ª vez e família cobra explicações; gestão se posiciona
A junta médica da prefeitura tem negado repetidamente o seu pedido de afastamento, chegando a ser a 4ª vez consecutiva que o laudo é recusado, conforme repassado pela família ao Patosonline.com na manhã desta segunda (01).
01/04/2024 21h10 Atualizada há 6 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: Patosonline.com
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Uma comovente história veio à tona na cidade de Patos nesta segunda-feira, 01 de abril, onde a servidora efetiva Terezinha de Jesus da Silva Belmiro, de 72 anos, enfrenta uma batalha contra a burocracia para conseguiu seu afastamento do cargo. 

Terezinha, que atua como Agente Comunitária de Saúde (ACS), encontra-se impossibilitada de exercer suas funções há cerca de 1 ano devido a problemas de saúde que a acometeram. Desde então, ela tem buscado o seu afastamento por auxílio doença, uma medida necessária diante de sua condição debilitada e incapacitante.

No entanto, a junta médica da prefeitura tem negado repetidamente o seu pedido de afastamento, chegando a ser a 4ª vez consecutiva que o laudo é recusado, conforme repassado pela família ao Patosonline.com na manhã desta segunda (01). Essa recusa tem gerado um profundo impacto na vida de Terezinha, que se encontra acamada, sem condições para realizar as atividades básicas do dia a dia, como se alimentar, tomar medicamentos e até mesmo locomover-se.

A última negativa aconteceu na quarta-feira (27), e conforme o documento do resultado enviado pelos familiares à nossa equipe é possível constatar que de 11 pedidos, apenas o de Dona Terezinha foi negado. 

 

Foto: Reprodução

 

Diante dessa situação desesperadora, as amigas de trabalho de Terezinha têm assumido suas responsabilidades há 5 meses, realizando suas funções em seu lugar. Porém, a falta de uma solução adequada por parte das autoridades competentes tem deixado a idosa em uma situação de total vulnerabilidade.

É importante ressaltar que Terezinha não busca benefícios indevidos, mas sim o direito legítimo de receber auxílio doença diante de sua condição de saúde precária. Sua família e amigos estão mobilizados para garantir que ela receba o suporte necessário para enfrentar essa difícil fase de sua vida.

 

O que diz a gestão?

Sobre o assunto, o Patosonline.com entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Patos, que informou o seguinte sobre o caso:

"Essa é uma decisão que cabe aos profissionais médicos da junta, que fazem a avaliação e decidem em relação a invalidez ou não. Inclusive, ela já tem o direito de se aposentar através do PatosPrev, mas acredito que ele não deu entrada por lá por existir alguma perda no seu benefício. Inclusive, após a negativa ela judicializou a questão e o município não pode intervir em relação às perícias. A junta médica é a responsável pela questão dessa avaliação e tem autonomia em suas decisões, por ser um corpo técnico. É importante frisar que a junta é composta por três médicos e a decisão é embasada diante norma técnica, além de passar pelo crivo dos profissionais, dentro do estatuto do servidor", disse. 

Por Patosonline.com