O tão aguardado julgamento do Atlético de Cajazeiras no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) começou na tarde desta quinta-feira. Mas o caso que pode determinar o rebaixamento do Trovão Azul para a segunda divisão do Campeonato Paraibano segue indefinido, após o pedido de vistas coletivo feito pelos auditores logo após a explanação dos advogados de defesa e do Pombal Esporte Clube, que participou como terceiro interessado.
O fato é que se o Atlético-PB recuperar os pontos, o Pombal é quem será rebaixado para a Segundona em 2025. O julgamento ainda não tem uma nova data para seguir, mas o STJD entendeu que uma eventual demora não trará prejuízos para o futebol paraibano, uma vez que não vai interferir nas finais entre Botafogo-PB e Sousa.
A sessão no STJD foi a mesma que, mais cedo, indeferiu o pedido do Santa Cruz de disputar a Série D do Campeonato Brasileiro. Em relação ao caso do Campeonato Paraibano, o Atlético-PB foi denunciado pelo São Paulo Crystal pela escalação do jogador Pedro Bahia, que estava suspenso por suspeita de manipulação de resultados em um jogo do Fernandópolis, pela segunda divisão do Campeonato Paulista do ano passado (atual Série A-4). O atleta pegou um gancho de 200 dias e só poderia voltar a atuar neste mês de abril.
No processo que envolve Pedro Bahia, o jogo que foi analisado e tratado como suspeito pelo TJD-SP foi a partida entre Fernandópolis e Grêmio São-Carlense. Segundo a Procuradoria do tribunal paulista, duas empresas que analisam as integridades da partida para algumas federações, enviaram ao TJD-SP que a partida em questão estava sob suspeita.
Contratado pelo Atlético-PB, o jogador atuou nas três primeiras partidas do Trovão Azul, contra CSP, Pombal e Treze. O São Paulo Crystal, então, entrou com uma Notícia Infração no TJDF-PB. No julgamento em primeira instância, tribunal puniu o Trovão Azul com a perda de 13 pontos, o que determinou a queda para a segunda divisão.
O caso foi parar no STJD. O Atlético-PB foi defendido pelo advogado Michel Assef, que fez uma rápida explanação na sessão desta quinta-feira. Em seguida, os advogados do Pombal, Yanna Myrtes Alves e Émerson Maurício, também fizeram a sustentação oral pedindo a manutenção da decisão da primeira instância. Pela complexidade do tema, os auditores acharam por bem adiar o julgamento, com um pedido de vistas coletivo.
Fonte: ge PB