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Lula III: Contas públicas têm déficit recorde de R$ 48,7 bilhões para fevereiro e dívida sobe para 75,5% do PIB, maior nível em um ano e meio
nformações foram divulgadas nesta sexta pelo BC. Na proporção do PIB, rombo foi o pior resultado para o mês de fevereiro em 20 anos.
06/04/2024 10h17
Por: Marcos Oliveira Fonte: G1
(Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)

As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 48,7 bilhões em fevereiro deste ano, o equivalente a 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta sexta-feira (5).

O déficit primário acontece quando as receitas com impostos ficam abaixo das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há superávit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.

Ao mesmo tempo, a dívida bruta subiu 0,4 ponto percentual no mês passado, para 75,5% do PIB – o maior patamar desde junho de 2022, ou seja, em pouco mais de um ano e meio.

De acordo com o BC, o déficit de fevereiro das contas públicas representa o pior resultado para esse mês, tanto em valores correntes quanto na proporção do PIB, desde o início da série histórica em dezembro de 2001.

O resultado das contas públicas em fevereiro está relacionado, entre outros fatores, com o pagamento de R$ 30 bilhões em precatórios (valores que o governo deve a uma pessoa física ou jurídica e que devem ser pagos após decisões da Justiça) pelo Tesouro Nacional.

Dívida pública

A dívida do setor público consolidado registrou alta de 0,4 ponto percentual do PIB, passando de 75,1% do PIB, em janeiro deste ano, para 75,5% do PIB em fevereiro – o equivalente a R$ 8,3 trilhões.

O atual patamar é o mais alto desde junho de 2022 – quando somou 75,6% do PIB. Ou seja, é o maior nível em pouco mais de um ano e meio.

O reequilíbrio das contas públicas é considerado importante pelo mercado financeiro para evitar uma disparada da dívida brasileira – indicador que é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco.

G1 

(Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)