Mundo Liberdade
"Por que vocês determinam tanta censura", questiona Elon Musk ao STF
Dono da rede social X (antigo Twitter), Musk segue na onda da extrema-direita e prega liberdade de expressão ilimitada
07/04/2024 00h00 Atualizada há 5 meses
Por: Marcos Oliveira Fonte: Correio Baziliense
Crédito foto: Angela Weiss/AFP

O dono do X (antigo Twitter) e presidente da montadora de carros Tesla e da Space X, Elon Musk, resolveu criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em um comentário de uma publicação do magistrado brasileiro, Musk, em inglês, questiona “por que vocês determinam tanta censura no Brasil”.

A crítica de Musk foi em uma publicação, de janeiro, em que Moraes parabenizou o ex-ministro da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski, ao tomar posse no cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública.

“Parabéns ao Ministro Ricardo Lewandowski pelo novo e honroso cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública. Magistrado exemplar, brilhante jurista, professor respeitado e, acima de tudo, uma pessoa com espírito público incomparável e preparada para esse novo desafio. Desejo muito sucesso", escreveu Moraes.

Moraes foi o responsável por uma série de inquéritos, tanto no STF como no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que investigaram a disseminação de fake news, que originaram o bloqueio e suspensão de uma série de perfis nas redes sociais de alvos das investigações. As medidas criaram uma onda de descontentamento entre grupos da extrema-direita gerando diversos debates sobre os limites da liberdade de expressão.

A crítica do bilionário sul-africano, segue o panorama da extrema-direita, que não aceita nenhuma proposta de regulação das redes sociais ou, mesmo, de combate à disseminação de fake news.

Ano passado Musk chegou a se pronunciar sobre um projeto de lei que tramitava na Câmara dos Deputados que exigia das plataformas a remoção, em até 24 horas, de conteúdos considerados ilícitos pela justiça. Com a pressão das plataformas e de grupos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o projeto ficou parado.

Correio Braziliense

Crédito foto: Angela Weiss/AFP