Mundo Ataque a israel
G-7 condena ataque a Israel e adverte Irã a não desestabilizar o Oriente Médio
Países prometeram apoio total a Israel e afirmaram estarem trabalhando para estabilizar a situação
14/04/2024 21h00 Atualizada há 7 meses
Por: Marcos Oliveira Fonte: O Estadão
Imagem: reprodução de vídeos das redes sociais

Os países do G-7, grupo que reúne as sete maiores economias do mundo, “condenaram energicamente” o ataque iraniano contra Israel e manifestaram total apoio a Israel, tendo advertido o Irã de que “tomará novas medidas” se o país prosseguir com os ataques, que podem escalar um conflito ainda maior no Oriente Médio.

Em declaração conjunta, os líderes de Itália, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, FrançaJapão Canadá, além dos da União Europeia, afirmaram que, “com as suas ações, o Irã deu mais um passo no sentido da desestabilização da região e arrisca-se a provocar uma escalada regional incontrolável, situação que deve ser evitada”.

O Oriente Médio vive um momento de tensão depois que o Irã realizou um ataque com drones, foguetes e mísseis balísticos na noite passada, no primeiro ataque deste tipo a Israel a partir do solo iraniano.

“Nós, os líderes do G-7, condenamos inequivocamente, nos termos mais fortes, o ataque direto e sem precedentes do Irã contra Israel. O Irã disparou centenas de drones e mísseis contra Israel. Israel, com a ajuda dos seus parceiros, derrotou o ataque”, diz a nota.

Os líderes, que se reuniram durante menos de uma hora, também expressaram “total solidariedade e apoio a Israel e ao seu povo” e reafirmaram o seu compromisso com a segurança do território israelense.

“Com as suas ações, o Irã deu mais um passo no sentido da desestabilização da região e se arrisca a provocar uma escalada regional incontrolável. Esta situação deve ser evitada. Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada”, afirmaram. “Neste espírito, exigimos que o Irã e os seus agentes cessem os seus ataques e estamos prontos a tomar novas medidas agora e em resposta a novas iniciativas desestabilizadoras”, acrescentaram.

Os líderes também se comprometeram reforçar a sua cooperação para acabar com a crise na Faixa de Gaza e continuar a trabalhar por um cessar-fogo “imediato e sustentável pela libertação dos reféns do grupo terrorista Hamas, e prestando uma maior assistência humanitária aos palestinos necessitados”.

Nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, veio a público reafirmar o pacto para garantir a segurança de Israel. “ Nós expressamos a nossa solidariedade e apoio ao povo de Israel. E reafirmamos nosso compromisso com sua segurança. Continuaremos trabalhando para estabilizar a situação”, escreveu.

A presidência italiana do G-7 convocou a reunião depois de o presidente dos EUAJoe Biden, ter afirmado nesta manhã que solicitaria uma reunião do grupo para coordenar uma resposta diplomática, depois de ter garantido o seu apoio a Israel, embora nas últimas horas tenha manifestado a sua oposição a participar em uma ofensiva.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, avisou neste domingo que Israel vai derrotar o Irã, na sua primeira mensagem pública após o ataque, enquanto o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que a Guarda Revolucionária de seu país deu uma lição com os ataques e avisou a Israel para não responder.

Nos próximos dias, os ministros das Relações Exteriores do G-7 vão se reunir na ilha italiana de Capri, tendo a situação no Oriente Médio como prioridade máxima./ COM EFE

O Estadão