Repercute em toda a cidade de Patos e até em nível estadual, os Projetos de Lei aprovados em primeira votação na noite de ontem (18), na Câmara Municipal, que aumenta os subsídios para o prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, além dos parlamentares que formarão a composição do poder legislativo municipal a partir de janeiro de 2025.
Os Projetos, de autoria da Mesa Diretora da Câmara, preveem aumento de R$ 17.000 para R$ 28.000,00 no salário do prefeito de Patos a partir do ano que vem, um reajuste de aproximadamente 65%; para vice-prefeito esse valor vai de R$ 8.500,00 para R$ 17.000,00, dobrando o salário para o cargo; e, por sua vez, o salário dos vereadores deixa de ser R$ 10.021,00 e passa vigorar em R$ 17.000,00, o que corresponde a um aumento percentual estimado de 70%; além disso, quem ocupar o cargo de presidente do Legislativo receberá um incremento de mais R$ 5 mil, ou seja, terá um salário de R$ 22 mil.
Outras categorias beneficiadas serão os secretários das pastas da prefeitura, Procurador-Geral, Controlador-Geral, Superintendentes e teroureiro, que passarão a receber uma remuneração de R$ 13.000,00. Os Secretário-Adjuntos também terão aumento, com salário fixado em R$ 5 mil.
Para exemplificar melhor o impacto desse reajuste, o Patosonline.com fez um comparativo dos novos salários, principalmente de prefeito, vice e vereadores, com os vencimentos dos professores da Universidade de São Paulo (USP), que é a melhor universidade do Brasil.
Atualmente, os salários médios dos professores da USP são de R$ 16 mil para a categoria de professor doutor, R$ 18 mil para professor associado e R$ 26 mil para professor titular. Vale destacar que esses valores são apenas a base salarial e não incluem a progressão de carreira.
Desse modo, a partir de 2025 o gestor municipal de Patos passará a receber mais ou equivamente a um professor titular da principal universidade do país. Por sua vez, o vice e os vereadores também estarão com vencimentos maiores ou iguais aos professores doutores e associados.
Isso instiga uma reflexão aprofundada sobre como anda a conjuntura política e social do país atualmente, onde um cargo eletivo, que contempla os representantes da população sem qualquer requisito acadêmico mínimo para o cargo, usufrui de um salário superior ao de um professor, que tem em sua trajetória profissional pelo menos 12 ou 15 anos dedicados aos estudos até que se chegue a um nível destacado de carreira.
E quem sustenta todo esse arcabouço financeiro? O proletariado brasileiro que, pasmem, receberá em 2025 um mísero reajuste de 90 reais, atingindo apenas os R$ 1.500 em seu salário. Citamos aqui a classe dos docentes, mas o comparativo pode ser feito com várias outras categorias, onde a defasagem salarial prevalece em sua grande maioria.
Ainda há muito o que se pensar enquanto Nação e podemos afirmar sem medo de errar, que por mais algumas várias décadas, quem sabe séculos ou até mesmo nunca, não chegaremos ao patamar de um país desenvolvido e de Primeiro Mundo, enquanto a classe dominante for a política movida pela ganância do dinheiro. Todavia, a população tem sua parcela de culpa nisso, até porque, o poder emana do povo!
Ambos os PLs foram aprovados pelo placar de 12 votos favoráveis e 4 contrários. A Segunda Votação dos projetos acontecerá na próxima terça-feira, dia 23.
Confira abaixo como votou cada vereador presente na sessão:
Por Felipe Vilar - Patosonline.com