Brasil Detentos de Mossoró
Recapturados, fugitivos de Mossoró ameaçam e xingam agentes em presídio
"Se eu te pegar lá fora, eu taco fuzil na tua cara", teria dito Rogério Mendonça a um policial; unidade abriu processo por “infrações disciplinares graves”
23/04/2024 13h20
Por: Felipe Vilar Fonte: CNN Brasil
Foto: Divulgação

A direção da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, abriu um processo administrativo contra Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, conhecidos como os fugitivos de Mossoró. Segundo os policiais, o processo é por “infrações disciplinares graves”.

De acordo com uma portaria emitida, durante uma revista na cela de Mendonça, no isolamento, ele teria desobedecido às ordens dos agentes, sem seguir o protocolo, e proferido ameaças e xingamentos.

Ao ser repreendido, teria dito “palavras e frases em tom ameaçador, chegando a ameaçar até diretamente”. Segundo os agentes, ele teria dito: “Cadê vocês no mato, eu ia encher a cara de tiro”, “Se eu te pegar lá fora, eu taco fuzil na tua cara”, diz o ofício.

Policiais penais ouvidos pela CNN de forma reservada também contaram que os dois integrantes do Comando Vermelho “têm dado muito trabalho”, que seria não seguir as ordens dentro da unidade e ameaçar os agentes.

Deibson e Rogério foram recapturados após permanecerem foragidos por 51 dias da unidade prisional. Eles fugiram em 14 de fevereiro, pela luminária da cela, e ficaram na região rural de Mossoró por duas semanas, sendo essa a primeira fuga do Sistema Penitenciário Federal.

A caçada de 51 dias terminou em 4 de abril, quando os dois foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF) em Marabá, no Pará. Os dois estavam na BR 222, com planos de ir até Rondônia e fugir para a Bolívia quando foram interceptados.

À CNN, a advogada Flávia Fróes disse que nesta segunda-feira (22) fez um pedido de transferência do Rogério para outra unidade federal. Segundo ela, o preso relatou tortura e ameaças de morte por parte de policiais penais. E que por isso precisa deixar a unidade. Sobre esse relato, a reportagem procurou a Senappen e aguarda retorno.

Fonte: CNN Brasil