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Agricultores que ocuparam as terras na sede da Embrapa montam barracos de lona para fixar moradias
o grupo é composto por famílias de várias comunidades rurais de Patos, que trabalham em propriedades privadas e buscam pequenas áreas de produção para o sustento de suas famílias
23/04/2024 15h59 Atualizada há 5 meses
Por: Genival Júnior Fonte: Genival Junior, com informações Paraibaemdia.com.br
Foto: Reprodução

As cerca de 100 famílias de agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que se apossaram das terras do governo federal, na sede da Embrapa, no município de Patos-PB, Capital do Sertão da Paraíba, estão  organizando a montagem de barracos improvisados com lona e coberturas plásticas, próximo a sede do órgão federal.

Segundo informações apuradas pelo Patosonline.com, o grupo é composto por famílias de várias comunidades rurais de Patos, que trabalham em propriedades privadas, e buscam receber do Governo Federal o direito a utilizar as terras, consideradas pelo movimento como improdutivas, para o sustento de suas famílias.

“Hoje a gente tá aqui com cerca de 100 famílias, numa área federal, pública e improdutiva, com 500 hectares, para permitir que nossas famílias possam tirar o seu sustento da produção do campo”, disse Síntia, representante do MST na região de Patos.  

Segundo ela, as terras da Embrapa em Patos já haviam sido ocupadas por cerca de 50 famílias em 2018 e 2019, no final do governo Temer e início da gestão Bolsonaro, mas os agricultores foram retirados das terras por determinação da justiça, após a reação do governo brasileiro.

As barracas estão sendo montados como área de moradia improvisadas, e a expectativa do movimento é por uma posição do Governo Federal em relação a ocupação. A direção da Embrapa, em Campina Grande, que responde pelo órgão na cidade de Patos, ainda não se pronunciou sobre o assunto.