O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) desempenha um papel crucial no socorro às vítimas em situações de urgência e emergência em saúde, sendo uma referência indispensável para a população. No entanto, em Patos, um problema recorrente tem afetado gravemente a eficácia desse serviço essencial: a retenção de macas das ambulâncias pelo Hospital Regional de Patos, em descumprimento à Lei Estadual 9.608, de 21 de dezembro de 2011.
Conforme estabelecido por essa lei, é proibida a retenção de macas do SAMU e de outras unidades móveis hospitalares nos hospitais para os quais os pacientes socorridos são encaminhados. No entanto, o Hospital Regional de Patos tem ignorado essa legislação, retendo as macas das ambulâncias do SAMU, causando sérios transtornos operacionais e colocando em risco o atendimento às emergências médicas na região.
A superlotação do hospital e a falta de macas próprias têm sido apontadas como principais razões para a retenção das macas das ambulâncias. Essa prática tem deixado o SAMU/Patos sem condições de realizar atendimentos urgentes, uma vez que as ambulâncias ficam impossibilitadas de se deslocar para novas ocorrências enquanto aguardam a liberação das macas no hospital.
Diante dessa situação, o diretor do SAMU/Patos tem sido obrigado a tomar medidas extremas, como manter as equipes de socorristas no hospital até que as macas sejam liberadas. No entanto, essa decisão não apenas sobrecarrega as equipes, mas também expõe os profissionais a ameaças e hostilidades por parte da população, que não compreende a situação e interpreta erroneamente a falta de deslocamento das ambulâncias como uma negativa de atendimento.
Sobre o assunto, o Patosonline.com conversou com o diretor geral do Complexo Hospitalar Regional de Patos, Dr. Francisco Guedes, que esclareceu o caso.
Inicialmente, Dr. Francisco pediu desculpas à população e às equipes do SAMU pelos transtornos, mas solicitou a compreensão de todos, destacando que por ser referência para 89 municípios da região, nos últimos dias o hospital tem enfrentado um crescimento sazonal de atendimentos, o que ocasiona o cenário de superlotação, assim como ocorre também em outros hospitais do Estado.
O diretor frisou que a demanda de saúde é infinita e mesmo que haja uma quantidade considerável de macas, em algum momento será enfrentada alguma situação de lotação, mas a equipe médica tem trabalhado de forma atuante para minimizar os impactos.
“Leito é algo que nunca será suficiente, a saúde é uma demanda infinita com estrutura finita, mas nossa equipe médica tem trabalhado de uma forma muito atuante pra tentar minimizar esses impactos e evitar este bloqueio de macas do SAMU. Esperamos brevemente estar dentro de um cenário mais favorável, mas até lá, eu peço a compreensão de todos, mais uma vez reitero meus pedidos de desculpa e saliento e ratifico que toda nossa equipe está mobilizada pra contornar essa situação e isso não mais ocorrer”, disse.
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Por Patosonline.com
Com Polêmica Patos