Policial Abuso sexual
Jovem de Marizópolis que denunciou abuso de ex-padrasto é ameaçada nas redes sociais
Ciro Batista, advogado da vítima diz que inquérito ainda não foi concluído e ressalta: "é uma situação extremamente lamentável"
06/06/2024 08h00 Atualizada há 6 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: Diário do Sertão
Foto: Reprodução/Redes sociais

Maria Rebeca Pinho da Silva, de 20 anos, residente na cidade de Marizópolis, Sertão da Paraíba, publicou nas redes sociais, no último dia 23/05, um vídeo relatando ter sofrido abusos sexuais praticados por seu ex-padrasto, um aposentado de 64 anos, quando ela ainda era uma criança de apenas 9 anos de idade. No desabafo, Rebeca afirma que sofreu abusos até 2021.

Após a repercussão do caso a estudante começou a ser ameaçada nas redes sociais. Em entrevista ao programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, Ciro Batista, advogado da vítima disse que a situação é lamentável e que estão esperando o inquérito sobre o caso ser concluído.

“No início de 2023 ela o denunciou [o acusado]. Daí então, sofremos com uma inercia injustificada da Delegacia de Polícia Civil que, estamos agora em junho de 2024 e o inquérito policial se quer foi concluído. Quase um ano e meio de inquérito policial sem uma conclusão”, disse.

Em prints que a redação do Diário do Sertão teve acesso é possível ver mensagens de ódio direcionadas a Rebeca, ameaçando ela e sua mãe. em parte do texto a pessoa diz que está vigiando a jovem e que ‘não irá sossegar até acabar com ela’.

O advogado confirmou as ameaças e disse se tratar de perfis fakes. “Recentemente a jovem tomou coragem e abriu em suas redes sociais sobre os traumas, sobre tudo que passou durante esses anos e, por incrível que pareça, agora está sofrendo ameaças. Estão criando, ainda de identidade desconhecida, perfis falsos nas redes sociais e estão ameaçando de morte tanto ela, quanto a sua mãe”, reveleou.

“É uma situação extremamente lamentável, extremamente triste, mas nós confiamos que a Delegacia de Polícia Civil irá concluir o inquérito, irá denunciar e posteriormente, em série judicial, pugnaremos pela condenação do seu ex-padastro, para que este, ao rigor da lei, seja responsabilizado pelo crime que cometeu”, completou Ciro Batista.

 

Fonte: Diário do Sertão