Após o Conselho Deliberativo do Pombal destituir Zildo de Souza da presidência do clube, alegando gestão temerária, o mandatário rebateu as acusações e disse que segue sendo presidente do clube. Em contato com a reportagem do ge, Zildo disse que “pessoas com interesses até certo pontos obscuros” querem tirá-lo do cargo.
Os conselheiros alegam que o dirigente descumpriu o estatuto do clube e que ele estava fazendo uma gestão temerária à frente do Pombal, contraindo várias dívidas com fornecedores, ex-jogadores e ex-membros da Comissão Técnica. A votação pelo impeachment foi unânime.
Ao ge, Zildo rebateu as acusações e alfinetou os membros do Conselho, afirmando que existem interesses “até certo ponto obscuros” por trás de sua saída.
— Esse argumento de dizer que coloquei em risco o patrimônio, com acúmulo de dívidas, que foi unanimidade… mas não foi unanimidade coisa nenhuma. Foram alguns que eu acho que, levados por pensamentos e interesses, talvez até certo pontos um pouco obscuros, querem nos tirar da presidência, mas eles não vão fazer deste modo. Nós vivemos em um estado democrático de direito, estamos amparados por uma ata, por uma eleição, para um mandato de dois anos. As normas estabelecidas no estatuto precisam ser obedecidas — afirmou Zildo de Souza.
Zildo de Souza explicou que, inclusive, precisou tirar dinheiro próprio para arcar com gastos do clube durante o Campeonato Paraibano.
— Todo clube tem dívida. Mas o maior pecado que eu fiz foi botar uma quantia do meu bolso, do dinheiro da minha família, para saldar alguns compromissos. É verdade que ainda tem outros pendentes, mas todos serão quitados por nós. Assumi como presidente e vamos quitar essas pendências financeiras — disse.
Zildo finalizou dizendo que não se considera destituído e que segue trabalhando em prol dos interesses do clube, como por exemplo nos bastidores do caso do Atlético de Cajazeiras, que pode acabar rebaixando o Carcará do Sertão.
— Eu não fui destituído, não reconheço essa ação deles. Eles que lutem para me tirar da presidência. Isso é um equívoco grande. Não fui destituído, não me considero destituído, nosso mandato vai até novembro do ano que vem. Enquanto eles estão maquinando para me tirar da presidência, eu estou quebrando a cabeça e buscando meios para pagar assessoria jurídica em relação ao caso com o Atlético de Cajazeiras — disse.