O ex-presidente do Campinense, Lênin Correia, foi condenado a uma pena de 2 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de calúnia, difamação e injúria contra Mércio Franklin, sócio patrimonial da Raposa. A decisão parte do juiz Brâncio Barreto Suassuna, da 3ª Vara Cível de Campina Grande. O empresário ainda pode recorrer da sentença em liberdade.
O atrito entre Lênin Correia e Mércio Franklin começou no dia em que o ex-presidente do Campinense registrou a sua chapa para concorrer às eleições no clube. Durante o registro, que aconteceu no Renatão, os dois travaram uma discussão verbal. Na ocasião, Mércio era um dos membros da comissão eleitoral.
A confusão foi gravada por Mércio, que usou o registro como prova no processo que abriu contra Lênin. De acordo com a própria sentença despachada pelo juiz Brâncio Barreto Suassuna, o então candidato teria chamado o membro da comissão eleitoral de "vagabundo" e "despreparado", além de acusá-lo de "querer ganhar a eleição no roubo".
Na sequência, o atrito ganhou novos episódios. Após Lênin convocar uma coletiva e acusar a comissão eleitoral de ser uma quadrilha formada para eleger Rômulo Leal, seu principal oponente nas eleições, Mércio Franklin decidiu renunciar ao cargo que ocupava na comissão.
No dia 23 de abril, Mércio Franklin protocolou ao Conselho Deliberativo do Campinense um pedido de afastamento de Lênin Correia. O documento continha mais de 20 páginas, sendo cinco delas dedicadas a expor supostas infrações cometidas pelo então presidente da Raposa.
O pedido, no entanto, não chegou a ser apreciado. Acontece que, no dia 17 de abril, Lênin publicou uma carta de renúncia, entregando o cargo de presidente do Campinense nas mãos do seu vice, Flávio Torreão. A renúncia de Lênin e a posse de Torreão foram acatadas por meio de uma medida judicial.
Após a apreciação da quaixa-crime, feita por Mércio Franklin em 19 de março, o juiz Brâncio Barreto Suassuna julgou procedente a pretensão punitiva contra Lênin Correia, por ferir os artigos 138, 139 e 140 do Código Penal. Ao todo, a sentença foi de 2 anos e 6 meses, distribuídos da seguinte forma:
Por ser réu primário, e pela pena ser inferior a 4 anos, a pena de Lênin Correia será cumprida em regime aberto. A reportagem do ge tentou contato com o ex-presidente do Campinense, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
Fonte: ge PB