Nesta sexta-feira (5) a Casa da Misericórdia completa 21 de fundação. Fundado em 2003, o espaço, mantido através de doações e do voluntariado, é parte das ações sociais promovidas pela Diocese de Patos.
Atualmente, a Casa da Misericórdia funciona na Rua Cel. Miguel Sátiro, número 179, na parte antiga do centro de Patos, servindo diariamente café da manhã para pessoas em situação de rua. De acordo com Maria das Graças Santos da Silva, fundadora da Casa, a iniciativa partiu do desejo de servir o pão material, mas também o espiritual suscitado durante encontros semanais para a recitação do Terço da Misericórdia em um grupo de oração carismático.
“A misericórdia tem as obras espirituais e as corporais. E Deus começou a suscitar no coração da gente do grupo que era necessário também as obras corporais. E, daí, suscitou essa história de dar alimento a quem tem fome. E isso foi muito importante na vida da gente, pois, eu já vinha do trabalho da Pastoral Carcerária e foi aí que veio a ideia de fundar essa Casa”, revelou.
Graça conta que é preciso ousadia para realizar esse trabalho. “Uma coisa é você dar um prato de comida para alguém na sua porta ou na sua calçada. Mas, você acolher dentro da sua casa, pra se sentar pra tomar um banho e conversar, pra rezar e se alimentar, é outra coisa”, contou.
Na Casa da Misericórdia, o café da manhã é servido diariamente às 6h. Segundo a fundadora, existe uma regra para se alimentar. “Era esse acolhimento que Deus queria que nós fizéssemos e que começou há 21 anos. Mas, aqui existe uma regrinha e que todos eles [pessoas em situação de rua] conhecem bem. Que para comer, tem que rezar e tem que pedir as bençãos de Deus”, destacou, Graça.
Para preparar as refeições diárias é necessário o empenho de voluntários na produção do café da manhã. Mas, além disso, a Casa da Misericórdia conta com o trabalho voluntário da médica Marilena Gade de Vasconcelos, médica pediatra que, gratuitamente, atende crianças todas as quintas-feiras.
A Casa da Misericórdia vive de doações, por isso, para contribuir, basta entrar em contato com a Curia Diocesana de Patos e obter informações de como colaborar e manter viva essa fonte de caridade, oração, fraternidade e solidariedade em Patos.
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Texto: José Filho