Em uma partida que mais lembrou uma edição do UFC Las Vegas, o Uruguai venceu o Brasil nos pênaltis por 4 a 2, após empate por 0 a 0 no tempo normal, neste sábado (6), no Allegiant Stadium, e avançou à semifinal da Copa América.
Agora, a Celeste encara a Colômbia, grande sensação do torneio, na próxima fase, em partida marcada para o meio da semana que vem.
Mais cedo, os Cafeteros destroçaram o Panamá por 5 a 0, em Phoenix, a galoparam para a semifinal.
O duelo deste sábado teve raríssimos momentos de emoção e foi mais marcado por faltas, discussões entre os jogadores e brigas de todos os lados.
Ao todo, foram 41 infrações na partida, sendo 26 do Uruguai e mais 15 do Brasil. Ao todo, quatro cartões amarelos ainda foram mostrados, dois para cada lado.
O árbitro Dario Herrera e a equipe do VAR ainda tiveram que trabalhar no 2º tempo em um carrinho assassino do lateral Nández, que quase quebrou o tornozelo de Rodrygo. Após revisão, o atleta da Celeste foi expulso com vermelho direto.
Com isso, o duelo acabou indo mesmo para os pênaltis. Na marca da cal, brilhou a estrela do goleiro Rochet, do Internacional, que defendeu a cobrança de Éder Militão logo no começo. Na sequência, Douglas Luiz ainda chutou na trave.
Depois disso, a Celeste bateu melhor seus chutes restantes e conquistou a classificação heróica por 4 a 2 em Las Vegas, eliminando o Brasil do torneio.
A partida de semifinal contra a Colômbia está marcada para a próxima quarta-feira (10), às 21h (de Brasília), no Bank of America Stadium, em Charlotte.
Primeiro tempo
A partida começou bem pegada, com muitas trocas de empurrões e Endrick reclamando bastante da marcação dura do zagueiro/lateral Olivera.
O Uruguai controlava mais a bola, enquanto o Brasil ficava postado na defesa e tentando encaixar um contra-ataque, mas sem sucesso dos dois lados.
O primeiro chute canarinho só saiu aos 13 minutos, em cobrança de falta de Raphinha. No entanto, a bola explodiu na barreira e saiu.
A resposta uruguaia veio aos 17: após bate-rebate, Darwin Núñez cabeceou, a bola desviou em Militão e passou a centímetros da trave de Alisson.
A partida era muito faltosa, com os times se revezando na pancada. Com isso, choviam bolas nas áreas, mas as zagas tiravam todas para longe.
Em um jogo tão pegado, era inevitável que alguém se machucasse: aos 33, o zagueiro Ronald Aráujo se lesionou feio e deixou a partida chorando.
Logo em seguida, veio a melhor chance da partida até ali: aos 34, Darwin Núñez recebeu excelente cruzamento e, sozinho na pequena área, errou a cabeçada, desperdiçando uma chance inacreditável.
A resposta brasileira veio logo na sequência: Raphinha foi lançado em velocidade, passou pela marcação e chutou de direita, para boa defesa de Rochet.
Depois disso, a partida voltou a ficar marcada por faltas, chutões e discussões, e só nos acréscimos os torcedores voltaram e ter um lance de emoção.
No último ataque da etapa inicial, Raphinha recebeu lançamento longo, conseguiu ganhar da zaga e tocou com a ponta do pé, mas Rochet salvou.
Segundo tempo
Na volta dos vestiários, o Uruguai fez alteração: saiu Viña, desgastado, e ingressou o veterano Cáceres. Já o Brasil regressou com a mesma equipe.
A primeira chegada foi da Celeste: aos 2, Valverde soltou um lindo chute de fora da área, mas Alisson agarrou sem dar rebote.
O Uruguai seguiu pressionando e teve mais uma boa oportunidade aos 7: Darwin recebeu na área, fez o pivô e bateu forte. Com o peito, Marquinhos jogou para escanteio e comemorou muito.
A seleção brasileira até tentava organizar ataques para assustar o adversário. No entanto, o time errava muitos passes, e as jogadas não fluíam.
Os uruguaios também cansaram, sem conseguir manter o mesmo ritmo de marcação apertada que "sufocava" o adversário. O Brasil passou a ter mais espaço para jogar, mas sem conseguir criar.
Até por isso, Marcelo Bielsa resolveu fazer mais uma troca em seu time: sacou De La Cruz, que estava amarelado, e ingressou Bentancur.
Só que poucos minutos depois "El Loco" viu sua seleção ficar com um a menos: Nández deu carrinho assassino no tornozelo de Rodrygo. Depois de revisão no VAR, o árbitro Dario Herrera mostrou vermelho direto ao uruguaio.
Dorival, então, mexeu de baciada: saíram Raphinha, Paquetá e João Gomes e entraram Savinho, Douglas Luiz e Andreas Pereira.
O Brasil partiu para o ataque e chegou bem com Endrick, aos 39: ele arriscou de fora da área, no canto, mas Rochet agarrou bem.
Em seguida, a seleção foi para o tudo ou nada: Rodrygo e Bruno Guimarães deixaram o campo, Evanílson e Gabriel Martinelli entraram.
No entanto, o 0 a 0 persistiu, com a partida indo para os pênaltis, com o Uruguai se classificando.
Fonte: ESPN