Brasil Crime organizado
Mapa de facções nas cadeias brasileiras aponta a existência de 72 grupos criminosos
À CNN, secretário nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, afirma que aumento é indesejado, mas também indica maior monitoramento do crime organizado pelo poder público
07/07/2024 11h00 Atualizada há 5 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: CNN Brasil
Foto: Arquivo/Agência Brasil

Um novo mapa do Ministério da Justiça sobre o crime organizado mostra que aumentou o número de grupos criminosos que atuam dentro dos presídios.

O documento, que será publicado nos próximos dias, aponta um total de 72 facções, em 2024. Até o ano passado, eram 68. Cresceu a formação de organizações locais, que atuam como parceiros dos dois maiores grupos com inserção nacional, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).

As facções locais têm função assistencial, apesar de também possuírem autonomia e lógicas próprias de atuação.

O levantamento realizado pelo governo federal é anual. A nova edição será apresentada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na semana que vem.

À CNN, o secretário André Garcia explicou que a atualização dos dados traz mais exatidão sobre nomes dos grupos e local de atuação em todo país. Segundo ele, o mapeamento auxilia na definição de políticas públicas para combater o crime fora das prisões.

“Todo aumento é indesejado quando se fala em organização criminosa. Isso não quer dizer que não existiam antes, reflete o aperfeiçoamento dos próprios mecanismo de identificação desses grupos. Fizemos muitas prisões de pessoas ligadas ao crime organizado nos últimos tempos, isso leva a novas informações. Mesmo dentro da cadeia, há criminosos que resolvem fundar facções parceiras, como forma de proteção”, disse Garcia à CNN.

O secretário ressalta que o governo tem desenvolvido ações robustas de inteligência prisional.

O documento traz avaliação sobre medidas para o combate do crime organizado no país, como o rodízio de presos com mudanças estratégias de unidades prisionais e também interceptação de fontes de financiamento dos grupos.

Fonte: CNN Brasil