A Argentina está, mais uma vez, na grande final da Copa América!
Nesta terça-feira (9), a atual campeã mundial e sul-americana até sofreu um pouco no início, mas depois embalou e venceu o surpreendente Canadá por 2 a 0, no MetLife Stadium, em East Rutherford, pela primeira semifinal da competição, e avançou à decisão em busca do bi.
Se for campeã pela 2ª vez seguida, a equipe comandada por Lionel Scaloni chegará ao seu 16º título de Copa América e se tornará a maior campeã do sub-continente de forma isolada - atualmente, há empate em 15 taças com o Uruguai.
Quem abriu o placar foi Julián Álvarez, aos 22 do 1º tempo, jogando um "balde de água fria" em cima dos canadenses, que começaram bem melhor no MetLife Stadium.
Depois, aos 6 da etapa complementar, o craque Lionel Messi desviou chute de Enzo Fernández e fechou o placar para os argentinos, anotando pela 1ª vez na competição da Conmebol.
Com o gol, aliás, Messi encerrou sua série de cinco jogos oficiais seguidos sem marcar por sua seleção, que era sua pior série desde a "seca" vivida entre 2015 e 2016, quando ficou seis partidas oficiais sem balançar as redes.
Agora, o camisa 10 se isola como 2º maior artilheiro da Argentina na Copa América, com 14 gols, superando o lendário Gabriel Batistuta. Faltam só mais três para Lionel igualar o líder do ranking: Norberto Méndez.
No total, Messi agora tem 109 bolas na rede por seu time nacional, igualando o mitológico Ali Daei, do Irã, que por muitos anos foi o maior artilheiro de seleções da história. O ponteiro desta lista é Cristiano Ronaldo, com 130 gols por Portugal.
Vale ainda destacar que a Albiceleste jogou "em casa" em Nova Jersey, já que seus torcedores "invadiram" o tradicional estádio da NFL e "pintaram" as arquibancadas de branco e azul - foram 80.102 torcedores ao todo no MetLife.
Na grande final, a Argentina enfrenta o vencedor da aguardada semifinal entre Colômbia e Uruguai.
Os rivais se enfrentam nesta quarta-feira (10), às 21h (de Brasília), no Bank of America Stadium, em Charlotte.
A finalíssima, por sua vez, está marcada para o próximo domingo (14), às 21h (de Brasília), no Hard Rock Stadium, em Miami.
Já o Canadá jogará em Charlotte a disputa de 3º lugar contra o perdedor do encontro entre colombianos e uruguaios.
Primeiro tempo
Apesar do amplo favoritismo argentino, a primeira boa chance foi do Canadá: aos 4 minutos, Shaffelburg recebeu ótimo passe na grande área, cortou Romero e bateu forte, mas a bola saiu por cima da meta.
Dois minutos depois, o mesmo Shaffelburg apareceu bem novamente pelo lado esquerdo do ataque, meteu uma pedalada e arriscou cruzado, perto da trave de Dibu Martínez, que já estava batido.
A Argentina só foi conseguir responder aos 10: em ótima puxada de contra-ataque: Messi recebeu de Di María na meia-lua, levou para a esquerda e bateu firme. A bola tirou tinta do poste, levantando a torcida albiceleste no MetLife Stadium.
Depois disso, a torcida argentina tentou empurrar sua seleção, mas os canadenses eram melhores em campo. Apostando na velocidade da transição e nas jogadas de pivô do centroavante Larin, o time de Jesse Marsch passou a criar constantes chances de perigo.
Mas a Argentina não é a atual campeã do mundo e da América do Sul à toa. Em uma boa trama de ataque, a equipe comandada por Lionel Scaloni abriu o placar da semifinal aos 22 minutos.
Após receber excelente enfiada de bola de De Paul, o matador Julián Álvarez bateu seu marcador e finalizou na saída do goleiro Crépeau para balançar as redes.
O Canadá perdeu totalmente a concentração, e a Albiceleste por pouco não ampliou aos 33 minutos: depois de um erro grotesto de Alphonso Davies ao tentar cortar a bola, Di María bateu encobrindo o arqueiro, com a bola passando a centímetros de entrar.
Nos acréscimos da etapa inicial, Messi recebeu pelo lado direito do ataque, chamou o lateral Johnston para dançar com um corte seco e finalizou, novamente muito perto da trave de Crépeau.
E ainda houve tempo para mais uma chegada perigosa dos canadenses: depois de um lateral cobrado direto para a área, a bola sobrou para Jonathan David, que acabou batendo em cima de Dibu Martínez, desperdiçando ótima oportunidade de empatar.
Segundo tempo
No retorno do intervalo, o Canadá nem teve tempo de sonhar com uma reação, já que a Argentina "matou" a partida com apenas 6 minutos.
Em um lance confuso na grande área, a bola sobrou para Enzo Fernández, que bateu fraco. No entanto, a bola desviou em Messi e entrou.
Imediatamente, os atletas canadenses partiram para cima do árbitro chileno Piero Maza e pediram a anulação do tento por impedimento do craque.
No entanto, o VAR mostrou que a posição de Messi era legal, e não só o gol foi validado como foi dado para o astro do Inter Miami.
O tento mais uma vez desconcentrou o Canadá, que teve que partir para cima e "ofereceu" as costas da defesa para as transições perfeitas da Albiceleste.
Aos 15, Julián Álvarez recebeu excelente lançamento de Di María e saiu cara-a-cara com Crépeau, mas chutou em cima do arqueiro adversário.
No restante da partida, a Argentina apenas "cozinhou" a partida, descansando as pernas e já pensando na final da Copa América.
O "melhor momento" acabou sendo aos 32, quando Di María foi substituído por Nicolás González, deixando o gramado sob uma chuva de aplausos da torcida.
Na parte final do jogo, os canadenses chegaram bem em chute rasteiro de Oluwaseyi, que Dibu Martínez conseguiu defender com as canelas. Bem ao seu estilo provocador, ele depois deitou no gramado e ficou comemorando a grande defesa, arrancando risos dos torcedores.
Na sequência, o zagueiro Bombito apareceu de surpresa na área e cabeceou rente ao poste esquerdo, ficando muito próximo de diminuir a conta.
Após esses sustos, a atual campeã sul-americana controlou o placar até a final e comemorou a vaga na decisão, restando agora apenas saber quem será seu rival.
Colômbia/Uruguai - 14/07, 21h (de Brasília) - Copa América
Fonte: ESPN