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Polícia Federal realiza operação na Paraíba contra espanhol investigado por lavagem de dinheiro e comércio ilegal de diamantes na África
De acordo com a Polícia Federal na Paraíba, a operação é um desdobramento de investigações conduzidas pela Polícia Nacional Espanhola, que apura crimes contra a humanidade e a atuação de organizações criminosas.
10/07/2024 12h30 Atualizada há 2 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com g1 PB
Foto: divulgação/PF

Na manhã desta quarta-feira (10), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na cidade de Lucena, região metropolitana de João Pessoa, como parte de uma investigação sobre crimes de lavagem de dinheiro oriundo do comércio ilegal de diamantes de sangue e violação de direitos humanos em Serra Leoa, na África.

De acordo com a Polícia Federal na Paraíba, a operação é um desdobramento de investigações conduzidas pela Polícia Nacional Espanhola, que apura crimes contra a humanidade e a atuação de organizações criminosas.

Um cidadão espanhol, alvo de mandados judiciais em seu país de origem, foi preso após desembarcar de um voo vindo do Brasil. As autoridades o investigam tanto no Brasil quanto na Espanha. A prisão ocorreu na província de Málaga, onde as autoridades também realizaram buscas em uma extensa propriedade pertencente ao suspeito.

Na Paraíba, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em imóveis do cidadão espanhol localizados em Lucena. Ele é suspeito de lavar dinheiro na região.

O detido é acusado de orquestrar uma complexa trama empresarial que facilitava a circulação e a lavagem de diamantes obtidos por milícias paramilitares, que escravizavam civis para trabalharem nas minas de Serra Leoa. De acordo com os investigadores, o suspeito teria financiado diretamente a Frente Revolucionária Unida (FRU), sustentando assim o conflito durante a Guerra Civil no país.

Os diamantes de sangue, assim chamados por serem extraídos de zonas de guerra, têm um custo humano altíssimo, sendo responsáveis pela morte de muitas famílias que são forçadas a trabalhar nas minas.

Por Patos Online
Com informações do g1 PB