Policial Investigação
Polícia investiga se acusado de feminicídio contra adolescente de 15 anos também cometeu estupro de vulnerável
Mãe confirmou em depoimento que o relacionamento de Gilson e Maria Vitória começou quando a vítima tinha 13 anos.
17/07/2024 14h30 Atualizada há 2 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: g1 PB
Foto: Reprodução

Gilson Cruz de Oliveira Monteiro, acusado de assassinar uma adolescente de 15 anos em Monteiro, no Cariri da Paraíba, neste domingo (14) pode ser indiciado por feminicídio e estupro de vulnerável, conforme informações do delegado Sávio Siqueira. A mãe de Maria Vitória dos Santos, Maria Lúcia dos Santos Farias, foi ouvida pela polícia nesta quarta-feira (17) e confirmou em depoimento que a menina passou a ser abusada aos 13 anos.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, ter conjunção carnal ou praticar qualquer outro ato libidinoso com menor de 14 anos constitui estupro de vulnerável, com pena de reclusão de oito a 15 anos, mesmo que haja consentimento da vítima.

Em entrevista à TV Paraíba, afiliada da Globo, a mãe disse que Maria Vitória conheceu o homem quando começou a trabalhar na padaria dele, há aproximadamente dois anos. Na ocasião, a jovem tinha apenas 13 anos. A mãe ainda informou que descobriu, quando a filha já estava morando com o indivíduo, que eles mantinham relações sexuais desde aquela época.

Apesar do depoimento da mãe, o delegado afirmou que ainda vai ouvir outras pessoas para reunir mais informações e investigar se houve o crime de estupro de vulnerável.

Ainda conforme o delegado, Gilson disse em conversa informal na delegacia que teria atirado em Maria Vitória depois dela ter feito uma brincadeira sobre uma briga que o homem se envolveu no começo do ano. Na ocasião, ele foi encontrado desacordado dentro de um carro. Porém, durante o depoimento oficial e a audiência de custódia, ele preferiu ficar em silêncio.

"Pelas conversas que eu tive, ele é um cara extremamente sádico, violento, sempre foi. E já tinha feito diversas ameaças a ela, pelo que tem se levantado. Ainda não há um laudo da perícia com quantos disparos ocorreram, mas foram vários", pontua o delegado.

Fonte: g1 PB