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Lamentável: Mãe e filho autista são expulsos de missa em igreja na cidade de São José do Egito-PE
Durante uma missa, uma mãe e seu filho autista de três anos, foram abordados por membros da comissão organizadora da igreja e solicitados a se retirar do local, com a justificativa de que a presença do menino poderia causar distração ao padre e interromper a celebração.
22/07/2024 22h45 Atualizada há 2 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com Blog do Jordan Bezerra
Foto: Reprodução

Um incidente ocorrido na Igreja Matriz São Judas Tadeu, no Sertão do Pernambuco, gerou grande repercussão e debate sobre inclusão e acolhimento nas instituições religiosas. Durante uma missa, uma mãe e seu filho autista de três anos, foram abordados por membros da comissão organizadora da igreja e solicitados a se retirar do local, com a justificativa de que a presença do menino poderia causar distração ao padre e interromper a celebração.

A mãe, em um vídeo que rapidamente se espalhou nas redes sociais, relatou o ocorrido, expressando sua frustração e desapontamento com a falta de acolhimento e compreensão por parte da igreja. No vídeo, ela destaca que "aquele que não sabe acolher, para mim, não é um bom pastor, não representa o meu Jesus", enfatizando o amor de Jesus pelas crianças e questionando a coerência entre os ensinamentos pregados e as ações praticadas pela igreja. 

Ela também argumenta que não deveria ser a criança a se adaptar às doutrinas da igreja, mas sim a igreja a se adaptar às necessidades de todos os seus fiéis, independentemente de suas condições. A mãe destaca a importância de um ambiente inclusivo, especialmente para crianças com necessidades especiais, e espera que seu relato traga uma reflexão sobre a postura adotada pela instituição religiosa.

O fato chamou a atenção para a necessidade de maior acolhimento e inclusão nas igrejas, especialmente em um momento em que o Papa Francisco tem sido uma voz ativa na defesa de uma postura mais compassiva e inclusiva para todos os fiéis. O pontífice frequentemente critica comportamentos excludentes e reforça a necessidade de que todos se sintam bem-vindos e valorizados dentro da comunidade religiosa.

A Diocese de Afogados, responsável pela administração da referida paróquia, não se pronunciou até o momento. O espaço está aberto para quaisquer esclarecimentos em relação ao episódio. 

 

Por Patos Online
Com Blog do Jordan Bezerra