Policial Investigação
Polícia Civil investiga morte de advogada após parto em hospital particular de João Pessoa
Jéssica foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levada para um hospital particular em João Pessoa, mas não resistiu e faleceu. O bebê sobreviveu e teve alta médica.
02/08/2024 10h20 Atualizada há 2 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com g1 PB
Foto: Reprodução

A Polícia Civil da Paraíba está investigando a morte da advogada Jéssica Nátalia de Mourão Neves, de 33 anos, que ocorreu após ela dar à luz na madrugada desta quarta-feira (31). Jéssica foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levada para um hospital particular em João Pessoa, mas não resistiu e faleceu.

O parto começou na residência de Jéssica por volta das três horas da manhã. O óbito foi registrado no hospital às sete horas da manhã. Segundo informações, o bebê nasceu em casa sob a assistência de uma mulher que se identificou como enfermeira e doula. Após o nascimento, a mulher revelou ser a mãe de Jéssica.

Conforme relato do SAMU, quando a equipe chegou, o bebê ainda não havia nascido. A enfermeira/doula continuou a assistência que havia iniciado. Após o nascimento, a equipe do SAMU sugeriu a ida ao hospital, o que foi aceito pela família. Durante a transferência para o hospital, Jéssica tentou expulsar a placenta, resultando em sangramento. No Hospital Hapvida, foi relatada uma demora no atendimento.

O Hospital Hapvida informou que, apesar da rapidez no atendimento, o estado de hemorragia pós-parto em que Jéssica chegou ao hospital foi grave e, apesar dos esforços, não foi possível salvá-la. O bebê, no entanto, recebeu assistência médica, foi avaliado, e teve alta na manhã desta quinta-feira (01).

O chefe do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), Flávio Fabres, afirmou que o corpo de Jéssica foi encaminhado ao Instituto de Polícia Científica (IPC) para determinar a causa da morte. O perito solicitou exames complementares, que podem levar até 30 dias para serem concluídos. Fabres também mencionou que será questionado por que o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) não recebeu o corpo, além de solicitar prontuários do Samu e do hospital.

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), emitiu uma nota de pesar pela morte de Jéssica. Harrison Targino, presidente da OAB-PB, declarou que a perda representa um grande impacto para a advocacia paraibana.

Por Patos Online
Com g1 PB