Brasil Tragédia aérea
Piloto de avião que caiu em Vinhedo tinha 10 anos de experiência, era apaixonado pela profissão e estava 'sempre sorrindo'
Danilo Santos Romano tinha 35 anos, morava na capital paulista e estava na Voepass Linhas Aéreas desde 2022. Ele foi a primeira vítima a ser identificada pelo IML.
10/08/2024 05h00 Atualizada há 3 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: g1
Foto: Reprodução

Palmeirense, excelente aviador, uma pessoa capaz de resolver problemas inesperados e que estava sempre sorrindo. Danilo Santos Romano tinha 35 anos e era o comandante do avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72, que caiu em Vinhedo nesta sexta-feira (9). Foi a primeira vítima a ser identificada pelo IML.

Danilo era apaixonado pela profissão, segundo informações de seu perfil no LinkedIn, e tinha mais de dez anos de experiência na área. Pilotava vários tipos de aeronaves, incluindo Airbus A320/A330, e havia trabalhado também em rotas internacionais.

“Como comandante do ATR72, sou responsável pela segurança dos passageiros, carga e tripulação, bem como pela manutenção da navegabilidade da aeronave, para proporcionar um voo seguro, eficiente e econômico. Sou apaixonado por aviação e comprometido em entregar o melhor serviço aos nossos clientes e parceiros”, conta, em sua descrição.

Formou-se em aviação civil na Universidade Anhembi Morumbi, na capital paulista, em 2010. Mais recentemente, em junho deste ano, concluiu uma pós-graduação em Gestão de Segurança de Voo na Unyleya. Além da VoePass, passou por uma companhia aérea do Cazaquistão, a Air Astana, e também pela Avianca.

Em seu perfil no LinkedIn, seus colegas de profissão o descrevem como alguém que se destacava pela “capacidade de resolver problemas inesperados e estar sempre disposto a ajudar seus colegas”, “excelente aviador, excelente ser humano, muito profissional e cumpridor de suas obrigações”. Estava “sempre sorrindo” e “disposto a ajudar”.

Nesta sexta, a aeronave que Danilo comandava apresentou problemas. A decolagem foi tranquila, às 11h46, em Cascavel, no Paraná, mas, menos de duas horas depois, o ART-72 começou a perder altitude, chegou a fazer uma curva brusca e, às 13h22, sofreu uma queda de aproximadamente 4 mil metros a uma velocidade de 440 km/h. Nenhuma das 61 pessoas que estavam a bordo sobreviveu.

Fonte: g1