Vivian Maia, a viúva do homem que morreu vítima de afogamento ao tentar salvá-la no domingo (18), falou nesta terça-feira (20) sobre o ocorrido e como está lidando com a perda do marido. Derick Ramom, de 27 anos, se afogou no Dique de Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Dois casais estavam aproveitando o domingo no local. Em determinado momento, as mulheres, que estavam na água, começaram a ser arrastadas pela correnteza.
“Ele se desesperou porque ele me viu e eu estava chamando por ele e ele não conseguia resolver”, diz Vivian Maia, viúva de Derick. “Na vida dele tinham três mulheres, como ele costumava falar: eu, a avó e a mãe. Ele era tudo pra gente", desabafa.
Derick Ramon acabou se afogando enquanto tentava salvar a esposa. Ela e o outro casal que também estavam na água saíram com vida.
"Eu acho que ele se desesperou por isso, porque ele sempre se doou pra gente, qualquer coisa que eu precisasse, ele sempre estava presente", explica Vivian. "Desde domingo eu não consegui dormir, porque a gente costumava dormir de mãos dadas. Para mim foi muito difícil, acordei na madrugada de hoje e ele não estava lá".
Em entrevista à TV Cabo Branco, a capitã Inara, do Corpo de Bombeiros, explicou que sinalizações são fornecidas para os postos de guarda-vidas para ajudar a identificar os riscos de afogamento em cada área.
"[A sinalização] Vermelha quer dizer que tem um risco muito alto, então a população tem que evitar aquela área. Amarela indica que tem um risco menor, mas de qualquer modo é importante que a população verifique e que o cidadão veja e tenha cuidado. E a verde são para lugares que são próprios para banho, que são indicados para o banho seguro", detalha a capitã.
A capitã indica que, tanto para banhistas que sabem nadar quanto para aqueles que não sabem, o ideal é manter o nível da água abaixo do umbigo e ter atenção adicional em idosos e crianças. Em circunstâncias nas quais o banhista passe desse nível da água sem querer e acabe se afogando, o que deve ser feito é ligar para o 193 e informar o local exato onde o afogamento está acontecendo para que a equipe do Corpo de Bombeiros consiga chegar e prestar socorro o mais rápido possível.
Durante a espera da chegada dos bombeiros, o que pode ser feito para retardar o afogamento é fornecer flutuação para a pessoa se afogando, como pranchas de surf, boias e até garrafas pets fechadas, que também podem ser úteis para evitar que a pessoa se afogue mais rápido.
Quanto a melhor técnica para não se afogar, a capitã do Corpo de Bombeiros destaca que manter a calma é crucial.
“O principal, que realmente é um pouco complicado, já que é em um momento de risco, é manter a tranquilidade. Tentar manter os pulmões sempre cheios [de ar] para ajudar na flutuabilidade e se manter na lâmina da água. Também é recomendável que as pessoas tomem banho próximos a postos de guarda-vidas e tenham cuidado com colchões infláveis e outros objetos flutuantes que podem levar para áreas mais profundas", alerta Inara.
Fonte: g1 PB