O corpo de Emerson Manoel Lopes Bandeira, de 30 anos, foi sepultado em sua terra natal, São José de Piranhas, no Alto Sertão paraibano, neste sábado (24), após meses de angústia. Emerson foi brutalmente assassinado em maio deste ano no município de Goianésia do Pará, no estado do Pará, e o sepultamento só foi possível após quase três meses de espera para a identificação dos restos mortais.
Dona Francisca Bandeira, mãe de Emerson, relatou com emoção ao Diário do Sertão que, após um longo período de angústia, os resultados do DNA foram concluídos, permitindo que o corpo de seu filho retornasse para casa. "Até que enfim meu filho vai chegar, saiu o DNA depois de 3 meses", desabafou a mãe na sexta-feira (23).
As partes do corpo de Emerson que foram recuperadas – tórax e fêmur – chegaram a São José de Piranhas por volta do meio-dia do sábado, e o sepultamento ocorreu às 17h, sob forte comoção. O cortejo fúnebre seguiu pelas ruas da cidade, acompanhado por familiares e amigos, até o cemitério local.
Emerson, que trabalhava como cobrador no ramo de confecções no Norte do país, foi dado como desaparecido por nove dias antes de ser encontrado morto. A investigação policial revelou que ele foi morto a tiros, e seu corpo parcialmente queimado, com o restante sendo jogado em um rio. A brutalidade do crime abalou profundamente os parentes e amigos.
O caso ganhou repercussão quando um casal foi preso no Pará, suspeito do homicídio. O principal suspeito teria confessado o crime após ser denunciado por sua irmã. A moto de Emerson foi encontrada completamente queimada, reforçando a violência do ato.
A mãe de Emerson compartilhou que, após o desaparecimento, outro filho viajou ao Pará para tentar reconhecer o corpo, mas na época, ainda não era possível localizar todos os restos mortais. A família permaneceu em luto, aguardando a confirmação oficial da identidade do corpo.
O sepultamento de Emerson Manoel Lopes Bandeira encerrou um capítulo doloroso para sua família, que agora busca conforto nas memórias de um ente querido que deixou uma esposa e dois filhos, de 6 e 10 anos. A cidade de São José de Piranhas se uniu em solidariedade, prestando suas últimas homenagens a um filho da terra que teve sua vida interrompida de forma trágica.
Por Patos Online
Com Diário do Sertão