Policial Tragédia
Policial civil mata com tiro na cabeça jovem natural do Sertão da PB que disse querer ser PM
Vítima de 19 anos foi morta com tiro na cabeça em conversa com o policial civil Alex Gonçalves de Queiroz, em um bar na zona sul de SP
28/08/2024 11h00 Atualizada há 3 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: Metrópoles
Foto: reprodução

policial civil Alex Gonçalves de Queiroz (foto em destaque, à esquerda), foi preso em flagrante após dar um tiro na cabeça de Herbert Kayke, de 19 anos, durante uma conversa com a vítima e um outro homem.

homicídio qualificado, por motivo fútil, ocorreu em um bar do extremo sul de São Paulo, por volta das 22h40 do último sábado (24/8).

Em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil paulista, obtido pelo Metrópoles, uma testemunha afirmou que conversava com o policial, de 47 anos, e com o jovem.

Durante o papo, a vítima  natural de Manaíra, na Paraíba  afirmou para Alex que, no futuro, gostaria de ser policial militar, acrescentando admirar o policial civil.

“Neste momento, sem nenhum motivo, Alex disse que Kayky ‘não entenderia nada de polícia’, sacou a arma e lhe desferiu um tiro na cabeça”, diz trecho do relato.

A PM foi acionada e, assim que dois policiais chegaram ao bar, na Avenida Dona Belmira Marin, se depararam com o policial civil na porta do estabelecimento, desarmado.

Ao ser indagado pelos PMs, Alex afirmou que Herbert havia tentado pegar a arma dele e que “teria ocorrido um disparo”.

Dentro do bar, os militares encontraram o ajudante Herbert Kayky caído no chão, com a cabeça sangrando. Ao lado dele, estava uma pistola Glock, que foi apreendida.

“Por besteira”

Uma testemunha afirmou aos PMs que o policial civil, “por besteira”, durante uma conversa informal, “havida atirado na cabeça de Herbert”.

Ele foi preso e, antes de ser conduzido à delegacia, solicitou a presença do delegado do 101º Distrito Policial, onde trabalha. O superior então acompanhou Alex até o 85º Distrito Policial (Jardim Mina), onde a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada.

Uma fonte que acompanha o caso afirmou, em sigilo, que o policial civil trabalha há 25 anos na instituição e teria problemas com o consumo abusivo de álcool.

Alex foi indiciado em flagrante por homicídio qualificado, por motivo fútil. A prisão dele por tempo indeterminado foi solicitada à Justiça.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou, em nota encaminhada ao Metrópoles, que os institutos de Criminalística e Médico Legal realizam exames periciais, sem especificar quais.

Além do homicídio, a Corregedoria também investiga “irregularidades funcionais”.

A vítima seria sepultada em sua cidade natal, nessa terça-feira (27/08).

Fonte: Metrópoles