Policial Vidas Livres
Operação Vidas Livres prende quatro caçadores e resgata 75 animais silvestres em Patos e diversas cidades da PB
A operação abrangeu os municípios de Aguiar, Paulista, Vista Serrana, São Bento, Brejo do Cruz, Belém do Brejo do Cruz, Livramento e Patos.
20/09/2024 05h00 Atualizada há 2 meses
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: divulgação

Em uma ação para combater a caça e o tráfico de animais silvestres, a Operação Vidas Livres prendeu quatro caçadores na Paraíba, resultando também na aplicação de R$ 354 mil em multas. A operação, realizada entre 7 e 14 de setembro, contou com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Batalhão de Polícia Ambiental de Patos, e abrangeu os municípios de Aguiar, Paulista, Vista Serrana, São Bento, Brejo do Cruz, Belém do Brejo do Cruz, Livramento e Patos.

Além das prisões, seis espingardas foram apreendidas, e 75 animais silvestres foram resgatados com vida, incluindo 72 passeriformes de diversas espécies, um papagaio (Amazona aestiva) e dois tatus (Euphractus sexcinctus). Já entre os animais abatidos pelos caçadores estavam 560 arribaçãs (Zenaida auriculata), 40 rolinhas (Columbina sp.), 13 mocós (Kerodon rupestris) e um teiú (Salvator merianae).

O superintendente substituto do Ibama na Paraíba, Geandro Guerreiro, destacou que a operação contou com o apoio da população por meio de denúncias. “Intensificamos o monitoramento dessas redes criminosas e seguimos com as operações para punir os responsáveis e resgatar os animais ainda vivos”, afirmou.

Os animais resgatados passaram por avaliação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Cabedelo (PB). Aqueles considerados aptos foram devolvidos à natureza em áreas de soltura, enquanto os que necessitavam de cuidados veterinários permanecem em tratamento até sua reabilitação.

Legislação e punições

As atividades de caça e tráfico de animais silvestres são crimes no Brasil, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que prevê prisão de seis meses a um ano e multas que variam de R$ 500 a R$ 5 mil por cada espécime apreendido. Além disso, a Lei Federal de Proteção à Fauna (Lei nº 5.197/1967) estabelece penas de dois a cinco anos de reclusão para atividades não autorizadas relacionadas à fauna silvestre.

A Operação Vidas Livres continua em andamento, com o objetivo de desarticular redes criminosas envolvidas com a caça ilegal e garantir a proteção da fauna brasileira.

 

Por Patos Online