Gerais Superação
Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência: Superação e Conquistas de um Biólogo Paraibano
Além de sua carreira acadêmica, publicou um livro sobre os Direitos dos Animais e foi eleito o melhor biólogo de Patos-PB em 2023
21/09/2024 21h00 Atualizada há 2 meses
Por: Marcos Oliveira Fonte: Patosonline.com
Foto: divulgação

Neste Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, celebramos histórias de resistência e superação, como a de um biólogo paraibano que, apesar de enfrentar inúmeros desafios ao longo de sua vida, conquistou reconhecimento e respeito em sua área de atuação.

Nascido com sequelas da paralisia infantil que afetaram seus pés e também com deficiência auditiva, Ronaldo Leite enfrentou bullying, preconceito e humilhações desde a infância até a vida adulta. Durante o Ensino Fundamental, a graduação e o mestrado, sofreu agressões físicas e verbais, além de enfrentar a rejeição de colegas e professores quando lutava por acessibilidade e inclusão em sala de aula.

Porém, esses obstáculos não impediram que ele se destacasse. Sua trajetória acadêmica é marcada por conquistas impressionantes. Ronaldo foi medalhista duas vezes como um dos melhores alunos, formou-se em três instituições federais e foi o primeiro estudante com deficiência auditiva a se graduar em Biologia na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Patos-PB. Também foi pioneiro ao concluir o mestrado em Sistemas Agroindustriais Acadêmico na UFCG, campus Pombal-PB.

Sua luta por direitos e inclusão não parou por aí. Após batalhas judiciais, tornou-se o primeiro aluno a receber a bolsa de aluno apoiador da UFCG, iniciativa que hoje beneficia estudantes de todos os campi da universidade. Reconhecendo seu trabalho e determinação, ele recebeu votos de aplausos da Câmara Municipal de Patos-PB e da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).

Além de sua carreira acadêmica, publicou um livro sobre os Direitos dos Animais e foi eleito o melhor biólogo de Patos-PB em 2023. Uma trajetória marcada não apenas pelo êxito pessoal, mas por um forte compromisso com a luta por direitos e a inclusão de pessoas com deficiência.

"Não queremos pena ou coitadismo, queremos que nossos direitos sejam garantidos, respeitados e colocados em prática", destaca Ronaldo. A sua história é um lembrete de que a maior deficiência que a sociedade enfrenta não é física, visual ou auditiva, mas a falta de amor ao próximo e a ignorância que, muitas vezes, limita as oportunidades de quem, como ele, tem muito a contribuir.

Patosonline.com